As maiores extensões na rede moçambicana são a da linha de Moçambique, através do Niassa, com 626,3 km, e a da linha do Limpopo até à fronteira da Rodésia do Sul, com 591,6 km.

Em 1960 o tráfego nas linhas do Estado atingiu 8 943 380 t, mais 507 152 t do que em 1959.

Este grande aumento de carga transportada produziu melhoria considerável nas receitas.

Embora se produzisse também intensificação no transporte de passageiros, a diferença para mais não é tão grande - 2 103 100 passageiros em 1959 e 2 397 856 em 1960.

Há grande contraste entre as cifras do tráfego em Moçambique e a metrópole. Os caminhos de ferro moçambicanos transportam quase três vezes mais mercadorias, mas estão muito aquém no transporte de passageiros. As suas receitas ultrapassam, porém, as da metrópole.

Publicam-se a seguir as cifras representativas do tráfego de mercadorias e passageiros em Moçambique, no ano de 1960.

As duas redes de Lourenço Marques e Beira contêm 93,1 por cento do tráfego de Moçambique. Este tráfego provém em muito alta percentagem da África do Sul e da Rodésia.

Exploração As receitas da exploração dos caminhos de ferro, portos, camionagem e transportes aéreos atingem cifras que no ano de 1960 se elevaram acima de l 770 000 contos, incluindo exercícios anteriores.

Contam principalmente as receitas dos portos e caminhos de ferro, e são as explorações destes dois instrumentos de fomento que amparam outras explorações, deficitárias quase sempre, e produzem cambiais que auxiliam muito a balança de pagamentos.

A evolução das receitas das diversas explorações consta do quadro seguinte:

Vê-se o longo caminho andado desde 1938. Em 1960 as receitas são superiores a dez vezes as de 1938, e o seu aumento, em relação a 1959, eleva-se a 125 700 contos. Todas as explorações concorreram para o acréscimo da receita, sobressaindo, porém, os portos e caminhos de ferro. A proeminência de Lourenço Marques e Beira é de assinalar, tanto nas redes como nos portos.

Em 1960 as receitas produzidas por cada uma das explorações foram as que seguem.