Não é fácil, com os elementos à vista, dar uma ideia das condições em que vive a província de Macau. Embora no aspecto económico não sejam optimistas as conclusões de alguns serviços locais, a província conseguiu fechar as contas com um saldo positivo e adiante se verificará o comportamento das receitas e despesas.

A metrópole tem auxiliado por empréstimos e subsídios reembolsáveis a economia provincial, auxiliando indirectamente a balança de pagamentos e facilitando obras de reconhecida utilidade pública. Mas a produção não. parece ter-se ressentido dos investimentos realizados com os auxílios da metrópole, a avaliar pelos números do comércio externo registados todos os anos neste parecer.

Não será possível alargar a produção? O ano passado vincou-se o facto de a exportação consistir em grande parte de artigos domésticos e ainda este ano se notará que os artigos de vestuário e panchões são produtos que se exportam em quantidades relativamente elevadas, denota ndo assim uma tendência para o artesanato digna de ser registada. Será possível intensificá-la com ajuda de meios mecânicos?

A cidade vizinha de Hong-Kong desenvolveu ultimamente as suas indústrias têxteis e outros, a ponto de concorrer em mercados europeus.

Talvez que pudessem ser removidos obstáculos ao desenvolvimento de algumas indústrias de modo a melhorar a exportação, que compensa com muito baixa percentagem as importações. Em 1960, segundo os dados estatísticos, as mercadorias exportadas representaram apenas 15 por cento do que se importou. Esto cifra define a grandeza de invisíveis indispensáveis ao equilíbrio da balança de pagamentos, obtidos do turismo e de outras origens, além de subsídios metropolitanos.

Comércio externo Aumentou o déficit da balança do comércio para 404 milhões de patacas. As importações subiram ainda para 481 milhões de patacas, enquanto as exportações tiveram o ligeiro acréscimo de 2 milhões, num total registado de apenas 77 milhões de patacas,

A seguir indicam-se as importações e exportações desde 1950,

E difícil dê compreender situação com tão alto déficit, que é superior a cinco vezes mais que as exportações e não está longe de igualar as importações.

A melhoria na saída de mercadorias mostra ser possível reduzir o déficit, que, contudo, nunca poderá ser neutralizado apenas pela produção. . Como o trabalho interno se baseia no artesanato industrial, as matérias-primas pesam muito nas importações e representaram cerca de 72 por cento do total.

Além das matérias-primas, com 346,5 milhões de patacas, as substâncias alimentícias formam uma verba de relevo. O arroz é o produto alimentar que mais sobrecarrega a importação, com 15 milhões de patacas, num total de 63 milhões de patacas, ou 13 por cento do conjunto. A província importou 21 067 t de arroz em 1960.

Dão-se adiante as principais importações: