Os impostos directos e indirectos somam 67,6 por cento do total das receitas ordinárias, cifra idêntica à da metrópole.

Mas, enquanto na metrópole a maior percentagem pertence aos impostos indirectos, em Timor dá-se exactamente o contrário: aos impostos indirectos apenas cabem 19,6 por cento e nos directos a percentagem atinge 48.

Nos outros capítulos apenas aparece com cifra mais alta a receita das taxas. Não ultrapassa, porém, 15,3 por cento. Têm, no entanto, subido desde 1938, enquanto, por exemplo, os impostos indirectos regressaram de 36 para 19,6 por cento.

Receitas ordinárias em 1960 Já se mencionou que os impostos directos melhoraram a sua receita em perto de 1000 contos (904 contos).

Este aumento providencial amparou a descida de quase todos os outros capítulos orçamentais e, entre eles, o dos impostos indirectos. E, até certo ponto, paradoxal esta descida nestes impostos, porque, viu-se acima, as importações subiram bastante em relação ao ano anterior.

No quadro adiante indicam-se as receitas ordinárias nos dois últimos anos:

Além das alterações já indicadas, referentes aos impostos directos e indirectos, há a mencionar diminuições sensíveis em alguns capítulos.

De todos, os que mais surpreendem pelo volume da descida são o das taxas e,, embora em proporção inferior, o do domínio privado, indústrias do Estado e participações de lucros.

Apesar do aumento nos impostos directos, de 904 contos, ainda as receitas ordinárias decresceram 499 contos, como se informou. Duas rubricas contribuíram muito para a melhoria deste imposto - a do imposto domiciliário, com mais 778 contos, e a da contribuição predial, com mais 153 contos. Uma e outra tinham melhorado em 1959, por cerca de 581 contos, a que se deve adicionar o acréscimo de 931 contos em 1960.

E pena que não seja possível aumentar a contribuição industrial, que, de uma quebra de 300 contos em 1959, apenas recuperou 19 contos.

Adiante desdobram-se os impostos directos. O quadro adiante mostra onde se produziram as maiores valias: