de luxo e ainda sobre refrigerantes e perfumarias e apurei os seguintes números (receitas cobradas), segundo elementos das Contas Públicas de 1961, p. 45, e conta provisória de Janeiro a Setembro de 1962:

fiscal, que foi de 12 932 000 contos (quadro XVI do Relatório).

Terminada esta longa, e para VV. Ex.ªs penosa, incursão na fiscalidade, retenho duas consoladoras afirmações do Sr. Ministro das Finanças, que são afinal a síntese política do panorama financeiro do País:

... apesar das modificações da conjuntura financeira monetária e cambial em 1962, foi possível operar-se a expansão da economia metropolitana a ritmo acelerado, conseguindo-se simultaneamente manter as finanças equilibradas, estabilidade do valor do escudo, equilíbrio fundamental do banco central e elasticidade do sistema bancário, sem prejuízo da sua estabilidade.

No ano de 1963 parece legítimo esperar sensível incremento da actividade financeira. Com efeito, o acréscimo da receita ordinária, que neste momento se antolha, devido à natural expansão da matéria colectável e à entrada em vigor da reforma dos impostos directos, conjugado com o elevado montante dos empréstimos contraídos, tornará possível ocorrer à cobertura das despesas impostas pela defesa da população e da integridade nacional e ainda a uma maior participação do Estado no financiamento do desenvolvimento económico.

tração congolesa, não obstante o suporte caríssimo da O. N. U., bastará como exemplo.

Pese embora aos que incansàvelmente repetem contra Portugal, no tablado histérico em que se transformou a O. N. U., a cegarrega de slogans, ameaças e impropérios, as finanças portuguesas vão resistindo solidamente às duras exigências simultâneas de um estado de alerta permanente que nos impuseram de fora e do desenvolvimento económico, aqui e no ultramar, que é fruto do nosso querer.

E será que possamos ignorar o que em todos os sectores se vai projectando, executando e concluindo, num ritmo sem par na nossa terra?

São novas unidades industriais no ramo automóvel, nos tabacos, na cerveja, na celulose, na metalomecânica, no equipamento eléctrico, no material ferroviário, na siderurgia, nos produtos químicos; é a rede de estradas que vai melhorando com largueza, a ponte da Arrábida em conclusão, a de Lisboa em início, o porto de Leixões ampliado, o aeroporto de Faro a iniciar-se, os do Porto e Lisboa ampliados, a electrificação da ferrovia Lisboa-Porto em franco andamento, os grandes estaleiros do Tejo em início de execução, a frota da T. A. P. renovada, o equipamento hoteleiro em acelerado progresso, a dignidade das casas de justiça que se erguem sucessivamente, as casas económicas, que, mormente no Porto, continuam consoladoramente a tomar a vez das infectas «ilhas», as barragens que continuam a erguer-se lá por Bemposta e Pisões e a de Cambambe, já em início de exploração, a rede de adegas cooperativas a alastrar por todo este país vinícola, a electrificação rural que se vai fazendo, embora não tão depressa, é certo, como o nosso anseio; e tudo isto que cito a esmo, à mercê da lembrança, da imagem retida, ou sonhos antigos, está a erguer-se precisamente quando mais duras são as dificuldades.

E o plano de irrigação do Alentejo, ainda há poucos dias sublinhado como realização ímpar, que marcará uma época!

Mas, simultâneamente, não faltou ainda a Angola, nem faltará, o escudo de rija têmpera dos soldados de Portugal para repelir estes novos cruzados do mal, as hordas do terror, e defender delas as populações pacíficas, que querem continuar a viver e trabalhar sob a bandeira da Nação a que se sentem orgulhosos de pertencer.

Tudo isso custa muito, em dinheiro, em valores, mas mais ainda em sacrifício da nossa mocidade.