condicionamentos paca os quais se procura atingir um óptimo económico.

Os escalões do médio e alto Mondego, por serem dominantemente hidroeléctricos, serão certamente aproveitados logo que a sua viabilidade económica, considerada à escala nacional, justifique a construção, dentro de uma prudente orientação da política energética, no sentido do melhor aproveitamento dos nossos rios.

Sr. Presidente e Srs. Deputados: o aproveitamento para fins múltiplos na Foz do Dão (Aguieira ou Caneiro-Dão), que esperamos comece a ser construído o mais breve possível, terá sob o aspecto eléctrico uma exploração muito condicionada. Não pode encher o topo por precisai- de capacidade livre para encaixar as cheias, nem pode turbinar todo o volume útil para ter sempre reserva de água que garanta a rega; isso faz com que em alguns períodos mio forneça electricidade, noutros trabalhe a fio de água, etc.

No quadro III indicamos as suas produções mensais de energia para o ano médio:

(início de tabela)

(fim de tabela A exploração da albufeira foi conduzida ao longo dos 21 anos de acordo com as curvas guias da fl. 5 e por fornia a em cada novo ano bidrológico só se iniciar o turbinamento de caudais depois dos níveis na albufeira terem atingido a cota 118,50 da curva da segurança contra cheias (1.ª fase). Foi considerado que o volume máximo turbinável mensalmente era de 250 x 10m3. Foi tomado um valor do 0,85 para o rendimento médio da transformarão energética.

A analise do quadro III mostra que a central da Aguieira somente em exploração conjugada com outras é que pode valorizar convenientemente a sua produção, que é muito irregular, e que esta central só por si não pode servir de suporte enérgico ao desenvolvimento da região.

A rede eléctrica interligada permite valorizar ao máximo a produção da Aguieira (Foz do Dão ou Caneiro-Dão) e garante com regularidade o abastecimento de todos os consumos regionais, alguns deles mesmo a tarefas mais baixas do que este aproveitamento poderia permitir, como já está previsto na Lei n.º 2002, para bombagem ou ainda para indústrias a instalar na região que por essa lei beneficiem de tarifas especiais. .

Sem tarifas apropriadas a fins especiais poderíamos cair nos preços proibitivos para alguns produtos agrícolas ou industriais.

Ora, precisamente porque a rede eléctrica nacional e permite a exploração conjugada das fontes de energia eléctrica do características muito diferentes, mas em grande parte compensáveis ao longo do ano, é que foi possível à rede primária fornecer, por exemplo, em 1961, mais de 550 000 000 GWh a tarifas especiais.

E em 1962 a C. P. recebeu cerca de 48 GWh ao preço médio geral de $205/kWh, a concessionária da grande distribuição em Trás-os-Montes recebeu 24 GWh tarifa de fomento de $16/kWh, os adubos azotados pagaram a $105/kWh de energia temporária e a $075/kWh da sobrante e os outros consumos especiais receberam a $125/kWh e a $08/kWh as mesmas qualidades de energia; estes preços incluem já encargos de transporte e perdas.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Quanto à tarifa de fomento para Trás-os-Montes, quero, como transmontano, deixar aqui uma palavra de agradecimento ao então Ministro da Economia, Dr. Ulisses Cortês, criador no nosso país do princípio de tarifas eléctricas de fomento, para promover a expansão do consumo nessa região extensa e pobre.

O Sr. Calheiros Lopes: - Muito bem!