tas origens, velha de séculos, fácil nos é concluir que recrudesceu, reanimou, contagiando como epidemia que tão cedo não acabará.
Realidade que como tal tem de ser encarada, pressupõe da nossa parte - assim o julgamos - R consciencialização da mentalidade forte com que temos de nos munir para que ingloriamente se não percam os esforços e os sacrifícios já feitos.
Sem receios de desmentido - que, aliás, só o passar do tempo permitiria, posso afirmar com firme convicção que, qualquer que fosse o rumo da política nacional, aquelas constantes não sofreriam alterações de base. Daqui se infere que, infelizmente, nada aconselha a abdicações, a transigências, pois que elas não teriam nunca o mérito de melhorar posições, nem de aliviar a pressão que ora sofremos.
Terá n nossa defesa de ser conduzida dentro da noção clara e realista dos factos, impondo-se como básica a perfeita união de todos, num conjunto de iniludível homogeneidade.
E nesse sentido que o Governo encarou as medidas que comecei por referir, com o abundante legislação, que inclui a revisão da Lei Orgânica do Ultramar, a que já aqui me referi e que em tempo apreciarei, quando for trazida a esta Assembleia, ocasião em que, do mesmo modo, procurarei analisai- outros problemas de ordem administrativa.
Nesta mesma ordem de ideias me reservo para apreciar a legislação que está sendo promulgada, nomeadamente os decretos mencionados, na convicção de que a data agora fixada, de l de Março próximo, não vai ser alterada de novo, pois quanto a nós, firmemente convictos da impossibilidade de prever todas as situações e de legislar com inteira justiça em tão complexos e vastos problemas, o primeiro passo urge seja dado, pois o tempo não milita a nosso favor.
Sr. Presidente: acabo de trazer a esta Câmara um problema delicado, o de certa legislação não ter a imediata execução que as necessidades requerem e que, embora compreensível para quem conhece os problemas, pode ser tomada por inoperante para quem os desconhece, provocando falta de confiança, facilmente generalizável.
Mas faço-o certo de que estou prestando um serviço a Nação.
Tenho dito.
Vozes:- Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentado.
O Sr. Albino dos Reis: - Sr. Presidente: não bastava o telegrama reconfortante que V. Ex.ª teve a gentileza de me enviar aquando do doloroso transe que passei ultimamente; quis V. Ex.ª acrescentar ainda a gentileza de tomar a iniciativa de propor à Câmara um voto de pesar pela morte de meu irmão.
Quero agradecer a V. Ex.ª e à Câmara esse voto de pesar e afirmar a V. Ex.ª que nas minhas palavras vai o meu mais vivo, profundo e comovido agradecimento.
O Sr. Presidente: - Vai passar-se à ...
O Sr. Presidente: - Está em discussão a base XVII do parecer da Câmara Corporativa sobre a proposta de lei do Estatuto da Saúde e Assistência.
Sobre esta base há na Mesa uma proposta de alteração.
Vão ser lidas a base e a proposta de alteração. Foram lidas. São as seguintes:
Proposta de alteração
BASE XVII Propomos:
2.º Que os n.ºs 2 e 4 da mesma base sejam eliminado.
O Sr. Presidente: - Estão em discussão.
O Sr. Soares da Fonseca: - Sr. Presidente: a alteração proposta à base XVII resulta da consideração de que, no entender das Comissões, por um lado, a orgânica do Ministério da Saúde não deve fazer parte do Estatuto da Saúde e Assistência. Desde que se entra na orgânica do Ministério, ela deve constar da própria lei orgânica do Ministério da Saúde, e não do chamado Estatuto da Saúde e Assistência.
Por outro lado, suponho que é difícil a Assembleia Nacional formar juízo certo sobre qual deve ser a orgânica de qualquer Ministério. As direcções-gerais, as inspecções, em suma, todos os serviços que devem constituir a orgânica desse Ministério, são matérias demasiado técnicas para a Assembleia Nacional sobre elas criteriosamente se pronunciar.