Joaquim José Nunes de Oliveira.

Joaquim de Sousa Birne.

Jorge Augusto Correia.

Jorge de Melo Gamboa de Vasconcelos.

José Alberto de Carvalho.

José Augusto Brilhante de Paiva.

José Dias de Araújo Correia.

José Fernando Nunes Barata.

José Manuel da Costa.

José Manuel Pires.

José Maria Rebelo Valente de Carvalho.

José Monteiro da Rocha Peixoto.

José Pinheiro da Silva.

José Pinto Carneiro.

José Soares da Fonseca.

Júlio Dias das Neves.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís Folhadela de Oliveira.

Manuel Augusto Engrácia Carrilho.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Homem Albuquerque Ferreira.

Manuel João Correia.

Manuel João Cutileiro Ferreira.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel Seabra Carqueijeiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

D. Maria Irene Leite da Costa.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário Amaro Salgueiro dos Santos Galo.

Mário de Figueiredo.

Olívio da Costa Carvalho.

Paulo Cancella de Abreu.

Quirino dos Santos Mealha.

Rogério Vargas Moniz.

Sebastião Garcia Ramires.

Ulisses Cruz de Aguiar Cortês.

Virgílio David Pereira e Cruz.

Vítor Manuel Dias Barros.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 80 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 25 minutos.

Deu-se conta do seguinte

Diversos a aplaudir a intervenção do Sr. Deputado Moura Ramos sobre a defesa do vale do Lis.

De Miranda Andrade a apoiar as afirmações produzidas pelo Sr. Deputado Olívio Carvalho sobre a Faculdade de Letras do Porto.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Cid Proença.

O Sr. Cid Proença: - Sr. Presidente: a exposição documental e iconográfica de S. Francisco Xavier, há poucos dias inaugurada pelo Chefe do Estado, vale o que valem os espécimes criteriosamente reunidos, mais pela arte com que os dispuseram e pelo ambiente de discreta beleza em que os enquadraram. E muito vale por tudo isso.

Acrescem-lhe, no entanto, as circunstâncias, avivam-lhe mormente as circunstâncias do tempo uma tal e tão declarada mensagem que bem duros de coração e tardos de entendimento seríamos se, como portugueses fiéis, a não escutássemos e não acolhêssemos por memória de responsabilidades aceites e por estímulo de ainda não desmentidas esperanças.

Nem o apóstolo das novas gentes, que se consumira «a fazer bem o que cumpria a seu ofício», e este era a milícia de combate por exigente senhor, havia de reviver aos nossos olhos para nos provocar a uma simples evocação do passado.

Nascido em terra irmã da que adoptou como sua e em cuja língua se despediu dos vivos, a sua presença entre nós terá sentido enquanto receptivos nos mantivermos às solicitações do ideal a que se devotou sem regateio de esforços, sem transigência nem contradição, sem mira de prémio VII ou da honra do próprio nome.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Vindo a Portugal, agradou-se da terra, tanto que nela ficou sepultado, e entendeu-se dos homens, tanto que por dilatados e operosos dez anos entre eles coube e neles se confundiu.

A terra e os homens os reconheceria ainda, em sua natural fisionomia, se a alguns não houvesse de pedir contas da fé titubeante que não missiona e do frouxo portuguesismo que não atenta no que justificou e essencialmente justifica Portugal.

A Nação que lhe foi familiar, a que o cativou e mereceu, estendia-se, realizava-se para além do mar oceano. E como a sua presença ultramarina era gesto de doação mais do que acto de posse, não admira que Francisco Xavier e os seus irmãos a servissem, para maior glória de Deus, nas «Índias que se compreendem desde o Cabo chamado de Boa Esperança até aos reinos da China e do Japão, e províncias a eles anexas, e ilhas adjacentes», mesmo onde a bandeira das quinas não titulava uma soberania política.

Estejamos certos de que no vocabulário português deste português por eleição não existiam as palavras «abandono» e «compromisso», referidas a desguarnecidas fronteiras da Cristandade, a obrigações missionárias enjeitadas, às rebeldias contra o espírito de integridade nacional que são de todas as únicas sem perdão.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - A consciência das responsabilidades anda a ser-nos esclarecida por torvas manobras, pelo açoite das inimizades e das traições.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Quanto mais caro, porém, e ao mesmo tempo mais obrigante não seria que no-la despertasse a sombra gloriosa do grande e leal amigo que desejou caminhar connosco porque seguíamos rumo direito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente: não fora mister que no-lo dissessem por termos explícitos os organizadores da exposição. Nela se subentende uma esperança, aí se nos aponta mais uma razão para esperar. Os nossos pensamentos regressam insensivelmente a Goa, onde o corpo de S. Fran-