Porto de S. Vicente e Porto Novo (suas ligações com

A soma das dotações para 1959-1960 (II Plano) definitivamente previstas foi de 207 025 842$75, das quais se despenderam 162 142 673$48, restando um saldo de 44 883 169$27.

Por rubricas, as verbas a cada uma destinadas e gastas foram as seguintes:

Fonte: Números extraídos do relatório de contas do gerência e exercício das provindas ultramarinas de 1960.

O programa de financiamento para o ano de 1961 ficou assim definitivamente estabelecido, após reforço de verbas:

Fonte: Do relatório de contas de gerência e exercício das províncias ultramarinas de 1961.

A totalidade das verbas gastas de 1954 a 1961 (inclusive) é, pois, de 323 403 055$55.

Os números bem expressivos destes mapas, como já referi, revelam a exacta distribuição dos investimentos, dos quais há a destacar aqueles que, por serem mais volumosos (excepção feita aos destinados a infra-estruturas), fazem ressaltar a ideia de manter em primeiro plano o fomento hidroagrícolo-pecuário, que consumiu até fins de 1961 mais de 100 000 contos, assim distribuídos:

Sondagens hidrológicas, estudo e aproveitamento dos meios

de obtenção de água doce para abastecimento das povoações ....... 21 078 405$77

Fomento hidroagrícola, florestal e pecuário ............ 88 245 145$33

Total ..... 109 323 551$10

Não está ainda publicado o quantitativo despendido em 1962, e por isso não figura nos mapas.

Merecem relevo especial algumas considerações que o ilustre relator das Contas Gerais do Estado (ultramar) vem expondo, a propósito do Plano de Fomento, nos seus relatórios. Assim, em 1958 afirma:

A simples enunciação destas obras em muitas ribeiras dá a ideia de que devem ter melhorado consideràvelmente em relação ao passado as condições de produção agrícola. Será conveniente elaborar um relatório que mostrasse praticamente a influência dos dinheiros despendidos no passado com as produções anuais dos diversos géneros e depois da execução das obras.

As duas verbas maiores destinam-se a obras hidro-agrícolas e fomento pecuário. Haverá vantagem nesta altura em fazer balanço geral das obras realizadas e dos seus resultados concretos. A sua finalidade é o aumento da produção, e não será difícil agora estabelecer o balanço geral da eficiência dos trabalhos realizados até fins de 1958.

No de 1959, continua comentando assim:

As obras de aproveitamento de recursos hidráulicos tendem a ter reflexo imediato nos consumos que, sendo mais baixos, levam a baixa produtividade.

Essas obras corresponderão à expectada? Se) a já sensível a influência no consumo?

Seria vantajoso proceder a um inquérito sobre este assunto.

Um plano de fomento não se avalia pelas verbas gastas.

Apesar de decorridos alguns anos sobre a execução das obras, as produções não acusam progressos, a não ser nas bananas.

Seria de interesse determinar, em termos monetários, a sua influência nos consumos e, de um modo geral, na economia da província. Já deve ser possível colher elementos que habilitem ao cálculo da sua reprodutibilidade.

E no de 1960, diz:

Os empréstimos constituem a base das obras realizadas nos últimos anos. Por isso, e por outras razões, a delicadeza do seu emprego é de considerar. Grande parte dos investimentos terão de ser liquidados no futuro, e, se houver dissipação em obras improdutivas ou mal planeadas e de reprodução lenta ou pequena, as dificuldades serão grandes.