Subiram de 459 305 contos em 1953, em Moçambique, para 899 840 contos em 1961;

Aumentaram de 17 681 contos em 1953, no Estado da índia, para 38 309 contos em 1960.

No caso de Angola, as receitas de 1961 distribuíram-se assim pelas quatro explorações principais:

Contos

Os serviços prestados pelos caminhos de ferro de Angola e Moçambique aos territórios vizinhos, ao mesmo tempo que constituíram em 1961 um testemunho de boa vizinhança, trouxeram às duas províncias portuguesas importantes divisas.

Portugal orgulha-se igualmente de dispor no ultramar de importantes portos, capazes de satisfazerem as exigências do comércio próprio e de- servirem territórios estrangeiros.

Cabo Verde deverá, contudo, conhecer uma valorização resultante de um maior apoio à navegação internacional e de um incremento do desenvolvimento económico do arquipélago.

Em 1953 entraram nos portos de Cabo Verde 984 navios, a que correspondia uma T. A. B. de 6053880; em 1961 o número de navios baixava para 905 e a T. A. B. subia para 6 417 087.

A carga descarregada oscilava neste entretempo de 448 646 t para 290 865 t, mas já a carga carregada aumentava de 27 810 t para 49 105 t.

Quanto à Guiné, o número de navios entrados nos seus portos subiu de 73, em 1953, para 95, em 1961, a que correspondeu uma T. A. B., respectivamente, de 163 111 e 240 375.

A carga carregada conheceu de igual modo um aumento: 62 013 t em 1953; 81 6111 em 1961.

Na carga descarregada os valores foram de 25 0(55 t em 1953 e 26 412 t em 1961.

O aproveitamento das bauxites da Guiné abriria perspectivas à construção de um porto na Ria Grande de Buba. As condições deste local já foram enaltecidas como as do «melhor porto natural da África Ocidental» (cf. revista Garcia de Orta, vol. 4, n.º 3, 1956).

Em S. Tomé e Príncipe a comparação entre 1953 e 1961 pode apreender-se dos seguintes números:

Embarcações entradas: 115 em 1953; 150 em 1961. T. A. B.: 799 802 em 1953; 1 168 090 em 1961.

Têm mais interesse, dada a posição desta província, no conjunto português os elementos respeitantes a Angola.

A carga descarregada foi de 768 685 t e a carregada atingiu 1 942 081 t. Os passageiros embarcados foram 35 765 s os desembarcados 30 299.

Será mesmo oportuno observar, para 1961, o movimento de Luanda, Lobito e Moçâmedes, ou seja dos três principais portos da província. É esse o objectivo do quadro que segue.

Os portos de Moçambique constituem dos mais justificados títulos da nossa presença e actuação no continente africano.

Lourenço Marques e a Beira são duas grandes realidades; Nacala uma fundada esperança.

Localizado na histórica baía de Fernão Veloso, Nacala oferece uma extensão de 13 km para um conjunto portuário que poderá servir hão só os 280 000 km2 dos nossos ricos territórios do Niassa, como a Niassalândia.

Mais. Como porto internacional, Nacala fará parte do projectado sistema das grandes transversais africanas: Matadi-Dar Es Salam; Luanda-Nacala; Lobito-Beira. Com base nestas ligações transcontinentais, proporcionar-se-á o escoamento das riquezas de uma importante parte do continente africano.

A ligação ferroviária de Nacala a Cuamba (Nova Freixo), na extensão de 580 km, é uma realidade. Trabalha-se agora no troço de Nova Freixo ao Catur (177 km), a que se seguirá o prolongamento até Vila Cabral e ao lago Niassa.

Uma vez construído no lago Niassa, em território português, um porto, este poderá receber as riquezas que os territórios vizinhos, ainda por Nacala, exportam para os mercados mundiais.

As mercadorias descarregadas atingiram 2 239 000 t em Lourenço Marques e 946 000 t na Beira e as carregadas, respectivamente, 3 373 000 t e 1 376 000 t.

Os passageiros desembarcados foram 36 583 em Lourenço Marques e 18 954 na Beira e os embarcados 32 583 e 17 428, respectivamente.

Também o movimento portuário do Estado da índia, nomeadamente através do porto de Mormugão, atingiu nos últimos anos importância considerável.

Em 1960, o número de passageiros embarcados foi de 5175 e o de desembarcados de 5006; a carga desembarcada atingiu as 190 000 t e a embarcada a alta cifra de 5 818 154 t.

Macau viu entrar no seu porto, ainda em 1961, 3851 embarcações, a que correspondiam 2 105 960 T. A. B. E, por outro lado, muito considerável o movimento de passageiros. Em 1960 foram 575 436 os embarcados e 558 540 os desembarcados.

Finalmente, Timor recebeu, em 1961, a visita de 36 navios, com uma T. A. B. de 53 503. Estes barcos descarregaram 10 437 t e carregaram 5009 t.

Timor continua a aguardar um estudo aprofundado das suas potencialidades económicas em ordem a conhecer um desenvolvimento a que tem direito no conjunto nacional.

A sua particular localização geográfica e a fidelidade das suas populações à Pátria Portuguesa justificam este esforço por parte da metrópole.

A navegação aérea já hoje tem alguma expressão nas províncias ultramarinas.