público e bancário, a balança apresentaria ainda em 1963 um excedente de 1241 milhares de contos.
A melhoria dos resultados das transacções internacionais da zona do escudo entre 1961 e 1962 cifrou-se, portanto, em 5975 milhares de contos, para a qual contribuíram principalmente:
b) Os acréscimos de 348 milhares de contos no saldo de «Turismo»- e de 264 milhares de contos nas «Transferências privadas»;
c) A variação positiva de 685 milhares de contos nos diversos invisíveis correntes da metrópole, a que se juntou o incremento de 756 milhares de contos na balança de invisíveis do ultramar;
d) A melhoria de 430 milhares de contos no saldo das operações de capitais a curto prazo e a de 295 milhares de contos no das operações a longe prazo do sector privado;
e) A subida de 1907 milhares de contos no excedente das operações de capitais a longo prazo do sector público e bancário.
Reabsorvidas certas repercussões da «crise» de 1961 e atenuadas outras, não se julga, contudo, de prever, perante os factores determinantes da apontada melhoria e pele menos a curto prazo, que a evolução da balança geral de pagamentos retome a linha de acumulação de excedentes verificada entre 1950 e 1959.
Balança de pagamentos da zona do escudo
(Milhares de contos)
(a) Valores segundo a estatística alfandegária. Inclui comércio governamental. (b) Valores segundo a estatística de liquidações.
(d) Compreende outros serviços e pagamentos de rendimentos e transferências governamentais.
(e) Em 160 e 1961, estimativa.
(f) Em 1960 só metrópole.
(g) Invisíveis correntes e operações de capital não identificáveis.
De resto, já em 1963 se voltou a inverter o sentido de comportamento da balança: entre os períodos de Janeiro-Outubro de 1962 e 1963, a balança cambial do Banco de Portugal - em que se repercutem, praticamente, os resultados globais das transacções com o estrangeiro - acusava uma variação negativa de 2327 milhares de contos. Deve, porém, esclarecer-se que, se ao excedente de Janeiro-Outubro de 1962 se abater o efeito das operações de crédito externo efectuadas pelo sector público (no valor líquido de 1654 milhares de contos), a deterioração se reduz a 670 milhares de contos, que possivelmente se atenuará ainda nos dois últimos meses do ano.