João Nuno Pimenta Serras e Silva Pereira.

João Ubach Chaves.

Joaquim de Jesus Santos.

Joaquim José Nunes de Oliveira.

Joaquim de Sousa Birne.

Jorge de Melo Gamboa de Vasconcelos.

José Augusto Brilhante de Paiva.

José Fernando Nunes Barata.

José Luís Vaz Nunes.

José Manuel da Costa.

José Manuel Pires.

José Maria Rebelo Valente de Carvalho.

José Pinheiro da Silva.

José Soares da Fonseca.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Júlio Dias das Neves.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís Folhadela de Oliveira.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Herculano Chorão de Carvalho.

Manuel João Cutileiro Ferreira.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

D. Maria Irene Leite da Costa.

Mário de Figueiredo.

Olívio da Costa Carvalho.

Paulo Cancella de Abreu.

Quirino dos Santos Mealha.

Rogério Vargas Moniz.

Sebastião Garcia Ramires.

Ulisses Cruz de Aguiar Cortês.

Virgílio David Pereira e Cruz.

O Sr. Presidente: - Estilo presentes 67 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 15 horas e 50 minutos.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra para um requerimento o Sr. Deputado Agostinho Cardoso.

O Sr. Agostinho Cardoso: - Sr. Presidente: pedi a palavra para apresentar o seguinte

Requerimento

«Tendo sido retirado do consumo um lote de trigo que estava, a ser utilizado no fabrico de pão na ilha da Madeira, o qual foi considerado impróprio para consumo pelas competentes autoridades locais, e tendo-se deslocado a esta ilha um técnico da Federação Nacional dos Produtores de Trigo para estudo do problema;

Requeiro, ao abrigo das pertinentes disposições regimentais: Que me seja fornecido um exemplar do relatório que for apresentado pelo referido técnico;

2) Que me seja, pela repartição competente, prestada informação acerca das causas de o referido trigo ter estado em consumo e durante quanto tempo o esteve;

3) Se a deterioração do referido trigo, se é que a houve, é de atribuir-se à origem o condições de aquisição ou às de armazenamento na ilha da Madeira;

4) Se a existência de um silo para cereais, cuja construção há muito venho pedindo, atenuaria ou evitaria a deterioração do referido trigo.»

O Sr. Gamboa de Vasconcelos: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Faz hoje precisamente um mês que S. Ex.ª o Ministro das Obras Públicas, abandonando, mais uma vez, a cómoda cadeira do seu gabinete de trabalho e o repousante conforto do seu lar, deixou as terras do continente para de novo visitar as ilhas distantes dos Açores.

Semelhante viagem, decorrendo em zona atreita a frequentes temporais, não se faz em pleno Inverno sem que incomodidade» de toda a ordem e riscos de toda a natureza eliminem, em boa parte, todas as possibilidades de prazer e todas as garantias de segurança.

O Sr. Eng.º Arantes e Oliveira há muito que se habituou, porém, a desprezar o perigo e o bem-estar.

Possuído de verdadeiro espírito de missão, ele esquece-se de si próprio para só se lembrar de que existe a Pátria, que merece e carece de ser servida e engrandecida.

E ei-lo a calcorrear de norte a sul e de leste a oeste toda a metrópole, portuguesa, sem curar de saber se, para chegar a todos os povoados, tem de galgar montanhas ou oceanos, se para levar a cada alma um sopro de esperança ou do confiança, tem do suportar agruras ou canseiras.

Há nove anos que S. Ex.ª, nesse árduo e difícil posto do comando, segue, ininterruptamente, este caminho, sem diferencial, na ordem das importâncias, a« terras ou os assuntos.

Atento às grandes realizações em que o homem quase supera a Natureza, ele fez erguer em Portugal enormíssimas barragens, cuja altura excede, por vezes, as de todas as suas congéneres estrangeiras, como a da Paradela; ele tornou possível a transposição do curso do Douro com construções de nova técnica, totalmente desconhecida de outros países, como na ponte da Arrábida; ele planificou e iniciou na Graça do Divor e no rio Mira a sonhada, mas considerada utópica, irrigação do Alentejo; ele estudou e lançou nas margens e no leito do nosso maior rio os caboucos de uma das mais gigantescas construções de todos os tempos - a ponte sobre o Tejo.

Todas estas obras enormes, cujas características roçam ou excedem os máximos mundiais, dão-nos a justa medida da sua capacidade realizadora.

Mas, paralelamente a este pendor natural para a realização de grandes empreendimentos, outra chama, não menos viva, crepita na sua alma: a da ânsia de resolver, com a mesma fé e o mesmo entusiasmo, todos os outros problemas de menor dimensão que angustiam a vida nacional.

Eis por que frequentemente ele volta costas às empresas colossais e, de braço dado com os seus leais e dedicados companheiros de trabalho, percorre o País de lês a lês na mais minuciosa sondagem de todas as suas necessidades e no mais transparente propósito de satisfazer os seus desejos.

Foi obedecendo a estes imperativos da consciência que S. Ex.ª encetou, pela quinta vez, a sua viagem aos Açores.

Partindo de Lisboa, de avião, no dia 14 de Novembro, com os directores-gerais dos Serviços de Urbanização e dos Serviços Hidráulicos, bem como com o presidente da Junta Autónoma do Estradas e outros valiosos colabo-