Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Presentes, com a mais límpida consciência - com a mais inabalável disposição de repelir o invasor.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

Vozes: - Muito bem, muito bem!

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Então o povo dá plena conta de que os governantes, e. acima de todos, os mais obrigados - pela posição que ocupam -, têm dito a verdade, com inteligência e firmeza inexcedíveis, exprimindo a razão e a determinação do País, tal como resulta da vontade dos Portugueses, e tão bem que não houve argumento que não empregassem com vigoroso e claro acerto, nem propósito que não traduzissem, com absoluta e impressionante fidelidade.

Várias vezes o fizeram, e sempre que os ataques de que temos sido vítimas o exigiram.

Mas a declaração sobre política ultramarina do Chefe do Governo, em 12 de Agosto de 1963, é mais do que a declaração do um governante, é a afirmação de uma grande pátria perante o tribunal da história.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Aí está o que somos, o que é e o que deveria ser o Mundo. Ninguém, nem homem, nem governo, nem Estado, dos que existem à face da Terra, poderá, com observações válidas, negar o que nessa declaração ficou demonstrado.

Nenhuma falha, no raciocínio deduzido.

Nada se lhe opõe: nada a embarga.

Só a violência - a sem razão obstinada.

Sr. Presidente: os nossos governantes, e, à frente deles, os maiores, têm afrontado, com iluminada coragem, o negrume que nos cerca. Ajuda-os a luz que sobe dos confiantes lares da gente portuguesa, temperada para as lides da vida.

Mas em 17 de Outubro de 1963, quando o Chefe do Estado regressa de Angola e de S. Tomé e Príncipe, trazendo ainda nos olhos os clarões de são patriotismo que o envolveram durante a jornada, e, na sua alma de português exemplar, a satisfação por mais um dever cumprido, a sua figura enche o alvoroço de todos e não há ordem que contenha os braços do povo, pois é no ímpeto da sua espontaneidade que reina a ordem do seu total apoio ao mais alto representante da Nação.

Assim, e em face de tão inconfundíveis e grandiosas manifestações da consciência nacional - ainda que nelas tenhamos participado -, também nós, que fomos eleitos pelo povo e somos dele e para ele, queremos reagir nesta Assembleia - na Assembleia Nacional -, e exprimir aqui aos governantes, designadamente ao Chefe do Estado e ao Chefe do Governo, a nossa vibrante e incondicional solidariedade com a política seguida na defesa das províncias ultramarinas.

Vozes: - Muito bem!

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Todos os que negociaram ou se demitiram, já perderam tudo ou estão em vias disso.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Até as estátuas são derruídas, as igrejas profanadas - os símbolos desfeitos.

Parece que o esforço civilizador ou a epopeia criadora do Branco em África estão constituindo insultos aos novos racistas de estranha fúria.

Não!

Portugal não se entrega nem se vende: bate-se.

E nós sentimos e seguimos esta legenda.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Pinto de Mesquita: - Sr. Presidente: usando pela primeira vez da palavra na sessão legislativa decorrente, renovo a V. Ex.ª os meus respeitosos cumprimentos.