Francisco José Lopes Roseira.

Francisco de Sales de Mascarenhas Loureiro.

Jacinto da Silva Mediria.

João Nuno Pimenta Serras e Silva Pereira.

Joaquim de Jesus Santos.

Joaquim José Nunes de Oliveira.

Jorge de Melo Gamboa de Vasconcelos.

José Alberto de Carvalho.

José Augusto Brilhante de Paiva.

José Fernando Nunes Barata.

José Manuel da Costa.

José Manuel Pires.

José Maria Rebelo Valente de Carvalho.

José de Mira Nunes Mexia.

José Monteiro da Rocha Peixoto.

José Pinheiro da Silva.

José Soares da Fonseca.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís Folhadela de Oliveira.

Manuel Amorim de Sousa Meneses.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Herculano Chorão de Carvalho.

Manuel João Correia.

Manuel João Cutileiro Ferreira.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel Seabra Carqueijeiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior. Maria Irene Leite da Costa.

Mário Amaro Salgueiro dos Santos Galo.

Mário de Figueiredo.

Olívio da Costa Carvalho.

Quirino dos Santos Mealha.

Rogério Vargas Moniz.

Rui de Moura Ramos.

Sebastião Garcia Ramires.

Virgílio David Pereira e Cruz.

Vítor Manuel Dias Barros.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 78 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 15 horas e 55 minutos.

O Sr. Presidente: - Está na Mesa, para efeitos ,de reclamação, o n.º 118 do Diário das Sessões.

Pausa .

O Sr. Presidente: - Como nenhum Sr. Deputado produz qualquer reclamação, considero aquele número do Diário das Sessões aprovado.

Deu-se conta do seguinte:

Vários a apoiar a intervenção do Sr: Deputado Jorge Correia sobre os veterinários municipais.

O Sr. Presidente: - Não há nenhum orador inscrito para usar dá palavra no período de antes da ordem do dia. Portanto, vai entrar-se na

O Sr. Presidente: - Continua o debate acerca do aviso prévio sobre educação nacional. Tem a palavra o Sr. Deputado Alberto de Carvalho.

O Sr. José Alberto de Carvalho: - Sr. Presidente: ao estudarmos os problemas de educação e ensino convém que, à maneira de preâmbulo, lancemos um olhar através da história, fonte de toda a informação, a fim dê compararmos conceitos e pontos de vista. Assim faço-o no desejo de demonstrar que, desde sempre, foi o problema da educação da juventude razão primeira de preocupação dos povos.

Na verdade, nos tempos da história da civilização humana em que o sentido humanístico dos conceitos predominava na vida de relação, os povos voltavam já seus olhos para o valor que representava a formação do ser humano, como razão primeira da sobrevivência do grupo. É mesmo ao sistema de educação entre os povos primitivos que podemos ir buscar a base do tradicionalismo pedagógico, que vem a fluir pujantemente nos sistemas educativos das civilizações do Oriente.

É entre esses povos que a educação se apresenta no seu estado mais simples, reduzida de forma espectacular ao rudimento da v ida humana. Ali tudo é ocasional e natural, muito embora se possam encontrar, entre alguns povos, épocas determinadas e até mesmo lugares especiais para a prática de uma educação intencional, tal seja a puberdade como época de início, e «as casas do homem» dos povos primitivos da Guiana e da Melanésia è «os santuários do bosque» ou «bosques sagrados» dos indígenas da África do Norte como centros de educação.

Podemos encontrar uma educação sofrendo as influências de uma preocupação ética, expressando-me melhor, sofrendo para além da acção difusa e inconsciente do habitat a acção consciente e intencional determinada pela exigência de certos ideais éticos no que respeita a uma preocupação determinada de formação de novas gerações.

No entanto, é preocupação principal entre os educadores, passe o termo, a preparação da juventude para a satisfação das necessidades materiais essenciais, tais como as relativas à alimentação, ao vestuário e ao abrigo.

Com base nestes princípios, a educação apresenta-se nas suas três formas predominantes: educação física, educação intelectual e educação moral.

É interessante fazer-se, embora rápido, um estudo da forma como entre os povos primitivos era encarada essa educação nos seus três aspectos.

A educação física processava-se com base na plena liberdade das crianças nos seus jogos, os quais, no entanto, deveriam circunscrever-se à imitação das actividades reais da vida humana.

Assim as crianças brincavam livremente, procuravam imitar o homem na caça, na pesca, na navegação, na guerra e nos trabalhos artesanais, tendo de, elas próprias, fabricar os brinquedos de que se serviam, os quais poderiam constituir o seu material de trabalho no futuro. Com estas actividades as crianças desenvolviam o seu poder de observação e de invenção e através delas exercitavam a sua capacidade intelectual. Repare-se, com notável curiosidade, que esses povos estruturavam toda a sua actividade de re lação e de desenvolvimento na imitação e no jogo natural, baseados num empirismo que