Algumas anotações de relevo terão de ser feitas às cifras.
Os direitos aduaneiros na importação diminuíram muito. Os que recaíram sobre vários géneros e mercadorias baixaram cerca de 236 641 contos, o que é considerável. Valeram ao equilíbrio do imposto as cobranças do imposto sobre transacções, que renderam 185584 contos, e o reforço do imposto de salvação nacional, com mais de 120 046 contos, pois atingiu 928813 contos.
Assim, o quadro mostra alterações de relevo, que se hão-de projectar no futuro.
Composição dos impostos indirectos
Dentro dos direitos de importação sobressaem os que pesam sobre vários géneros e mercadorias, com 44,7 por cento em 1962. Estes direitos noutros anos ultrapassaram os 50 por cento.
As cifras indicadas dão a estrutura dos impostos indirectos. Deve notar-se que o imposto de salvação nacional, muito ligado aos direitos aduaneiros, subiu este ano para 21,2 por cento do total.
A seguir indicam-se as percentagens dos diversos impostos indirectos:
O que se refere à importação é formado pela de cereais, tabacos e outros géneros. A irregularidade aparece em todas, mas as oscilações são maiores nos cereais. Este índice depende das colheitas.
Seguidamente publicam-se os índices, na base de 1938 igual a 100.
O que mais interessa, porque se refere ao maior volume de receitas, é o da importação, com 365,2 em 1962.
Mas o grande aumento teve lugar no imposto de salvação pública, que ultrapassou 626.
Resta averiguar neste aspecto a evolução do valor médio dos direitos cobrados, tanto na importação como na exportação. Dado o pequeno valor destes últimos, que tendera a desaparecer, a cifra de 1962 tem já pequeno significado.
Valor médio dos direitos cobrados
A comparação dos valores médios de 1962 e 1938 mostra grande decréscimo e portanto menor dependência desses direitos. No caso da tonelagem o valor médio não dobrou, o que é bom sinal.
Comércio externo