anos na Europa ocidental e noutras regiões do globo, no que respeita a selecção de métodos de trabalho, ao anseio de melhores níveis de vida, á rápida intercomunicabilidade entre povos, as melhorias no ensino, e a muitos outros factores que produzem uma verdadeira revolução nesta segunda metade do século XX.
A readaptação de mentalidades afeitas a outros processos ou métodos de trabalho, ou a ideias que já estão fora do tempo, não é fácil, mas é indispensável se o País quiser usufruir o progresso económico e social que merece.
É muito elevada este ano a percentagem das despesas extraordinárias. O ano passado as despesas ordinárias aproximaram-se de 60 por cento do total e desceram para 56 por cento este ano.
De então para cá os acréscimos nas despesas extraordinárias constam deste quadro:
Milhares de contos
1958 .................. + 556
1959 .................. +1060
1962 .................. + 386
Quando se tratar do emprego das despesas far-se-á estudo mais pormenorizado das despesas extraordinárias.
Dir-se-á apenas agora que nos últimos quatro anos, em que os aumentos ultrapassaram l milhão de contos, a soma destes aumentos atinge mais de 6144000 contos, o que não estava na tradição orçamental portuguesa.
As cifras publicadas acima revelam, pois, um rápido desenvolvimento dos meios financeiros utilizados pelo Estado.
No quadro publicado adiante utilizaram-se dois índices: o antiquado, de 1927, e o mais recente, de 1948.
A evolução das despesas nesta base foi:
As cifras dão ideia do que se processou em longo período de tempo e até certo ponto mostram a evolução política e social durante quase um quarto de século.
Noutro lugar se indica o índice de aumento da despesa ordinária no período de 1938-1962, que, para todos os efeitos práticos, se fixa, neste último ano, em 430, em moeda corrente.
Houve progresso em relação aos preços, mas esse progresso não é o que se poderia imaginar em tão longo espaço de tempo.
Em escudos de 1938 e 1962 da base anterior, as cifras são as seguintes: