(Continuação de ver quadro na imagem) As variações do total das responsabilidades à vista do Banco de Portugal em 1961 e 1962 apresentaram estreita correlação com a evolução dos meios de pagamento: decréscimo de 373 000 contos em 1961 e maior valia de l 911 000 contos em 1962.

circulação fiduciária, que subira 2328000 contos em 1961, denotando claramente a influência de causas de natureza psicológica, apresentou apenas um aumento de 767 000 contos.

É de realçar a actuação do Tesouro e da Junta do Crédito Público devolvendo

800 000 contos ao mercado monetário em 1961 e retirando-lhe 544 000 contos em 1962, o que exerceu efeito moderador.

Não obstante o grande reforço das reservas de câmbio em 1962, contabilizadas em cerca de 4 277 000 contos, incluindo a maior valia estabelecida no Decreto-Lei n.º 44 482, de 29 de Junho de 1962, os depósitos dos estabelecimentos de crédito foram apenas reforçados em 526 000 contos, mantendo-se cerca de 20 por cento abaixo do nível em que se encontravam no fim de 1960.

Através do volume do crédito distribuído, o Banco de Portugal exerceu uma acção compensadora da conjuntura, alargando as suas operações em 2 050 000 contos em 1961 e reduzindo-as em 652 000 contos em 1962.

No quadro adiante indicam-se as posições das principais rubricas da emissão monetária do banco emissor no último triénio:

(Ver quadro na imagem)

Situação bancária O afluxo de divisas registado em 1962, principalmente em consequência das operações de crédito externo, exerceu influência directa na evolução dos depósitos, que retomou o sentido ascensional interrompido em 1961.

O acréscimo dos depósitos - à vista e a prazo - foi sensível em todos os estabelecimentos de crédito, e, em regra, superior à descida no ano anterior, pelo que as posições no fim de 1962 ultrapassaram as de 1960.

Em todo o sistema bancário os depósitos aumentaram 6 462 000 contos, atingindo 52 504 000 contos, posição que corresponde a um acréscimo de 5 por cento em relação a 1960. No quadro seguinte agruparam-se os depósitos durante o último triénio segundo a natureza das instituições de crédito:

(Ver quadro na imagem)

O ritmo de aumento foi mais intenso nos bancos comerciais do que nas restantes instituições. Em 1961 aqueles bancos tinham-se ressentido mais da conjuntura.

Nas caixas económicas privadas e na Caixa Geral de Depósitos, em que a diminuição dos depósitos não chegou a atingir 2 por cento em 1961, o progresso de 1962 traduziu o clima de confiança na moeda, evidenciado na menor expansão das notas em circulação. O volume do crédito distribuído pelo sistema bancário prosseguiu na sua evolução ascendente em 1962, mas com intensidade inferior a 1961 e com um sinal oposto no Banco de Portugal e nos bancos comerciais.

As oscilações no último biénio do crédito distribuído pelas principais instituições são elucidativas:

(Ver quadro na imagem)

Somando as oscilações respeitantes ao Banco de Portugal e aos bancos comerciais, verifica-se que o conjunto em 1962 (+1 560 000 contos) pouco se afastou do de 1961 (+1 666 000 contos). Todavia, enquanto a actuação do Banco de Portugal em 1961 contribuiu para reforçar a liquidez bancária, em 1962 a sua acção no crédito limitou a subida dos meios de pagamento.

Os bancos comerciais, que em 1961 se tinham visto coagidos a reduzir o volume das suas operações, puderam expandi-lo de 10,8 por cento em 1962, em consequência