do afluxo doa depósitos e correlativo reforço das suas tesourarias.

Por parte das instituições especializadas no crédito a médio e a longo prazo - a Caixa Geral de Depósitos e o Banco de Fomento Nacional - já não foi necessária uma contribuição tão acentuada em 1962. como no ano anterior, a qual tivera amplitude excepcional para ocorrer à situação do mercado e especialmente às necessidades do financiamento do Plano de Fomento.

As posições do volume do crédito distribuído sob a forma de carteira comercial e empréstimos pelos agrupamentos do sistema de crédito durante o último triénio estão agrupadas no quadro seguinte:

(Ver quadro na imagem)

Nos dois últimos anos a expansão do crédito atingiu cerca de 6 milhões de contos, ultrapassando em mais de 2,2 milhões de contos a dos meios de pagamento. Saliente-se ainda que não foi tomado em consideração o crédito proveniente do acréscimo das carteiras de títulos, que para a totalidade do sistema bancário progrediram 68 000 contos em 1962, não obstante o seu incremento ter sido de

169 000 contos na Caixa Geral de Depósitos, excluídas as promissórias do fomento nacional, agrupadas nas disponibilidades.

As contas

Serviços privativos O balanço da Caixa Geral de Depósitos em 1962 traduzia um aumento de 905 000 contos em relação ao ano anterior, situando-se em 15 047 000 contos, mais cerca de 6,4 por cento.

Ás disponibilidades em 81 de Dezembro atingiam 3 471 000 contos, superiores em 317 000 contos as do fim do ano de 1961. Naquele acréscimo, 200 000 contos estavam representados por promissórias do fomento nacional.

Devido ao acréscimo de liquidez, e não obstante o apoio da Caixa ao financiamento da actividade económica, a percentagem das operações activas em função dos depósitos passou de 90,7 para 87,6 por cento. Mas o conjunto das responsabilidades a vista, além dos depósitos, revela uma expansão de l 472 000 a l 811 000 contos, resultante, em grande parte, das operações de crédito autorizadas durante o exercício e aguardando contrato no fim do ano. No exercício de 1962 o total dos depósitos da Caixa atingiu 12 889 000 contos, com um acréscimo de 827 000 contos.

Durante o ano a velocidade de rotação dos depósitos elevou-se de 2,42 a 2,63, revelando a incidência da aceleração do movimento nos depósitos no sector público.

A velocidade dos depósitos à vista, que em 1961 subira de 0,96 para 1,02, regressou ao seu nível anterior.

No último triénio, segundo o agrupamento em balanço, os depósitos apresentaram a seguinte evolução:

(Ver quadro na imagem)

Apenas com excepção da previdência social, registou-se progresso em todas as rubricas de depósitos. Os da Caixa Económica Portuguesa aumentaram 668 000 contos, ultrapassando largamente a posição de 1960. Nos depósitos a prazo o aumento foi de 69 000 contos, equivalente a 13,4 por cento.

O movimento expansivo na Caixa Económica Portuguesa generalizou-se a todos os grupos de depositantes, o que é também significativo do prosseguimento da normalização do mercado monetário desde o 3.º trimestre de 1961. Convirá ainda examinar a evolução dos depósitos segundo a sua classificação em necessários e voluntários:

(Ver quadro na imagem)

A evolução ascensional tornou-se mais acentuada nos depósitos necessários

(+ 472 000 contos) do que nos voluntários (+ 355 000 contos).

Não contando com a variação da despesa processada, verifica-se que o acréscimo dos depósitos do sector público