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As Polícias aumentaram a sua despesa em 11 000 contos e a Guarda Nacional Republicana em 2000 contos. O acréscimo nos três últimos anos tem sido mais pronunciado nas Polícias.

A sua despesa em 1960 era de 212 268 contos, que passou para 232 484 contos, cerca de 20 000 contos a mais. A despesa distribui-se como segue:

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Vê-se que um dos aumentos mais pronunciados está na Polícia Internacional e de Defesa do Estado, com mais cerca de 9800 contos desde 1960.

A verba de maior relevo diz respeito a pessoal dos quadros aprovados por lei, ou 186 860 contos, que se desdobra da forma seguinte:

Contos

No caso de semoventes (viaturas), os gastos foram: Polícia de Segurança Pública, 1500 contos; Polícia Internacional e de Defesa do Estado, 248 contos. No Ministério do Interior ainda há a considerar 7147 contos de despesa da Junta da Emigração e diversas outras, como o Conselho de Inspecção de Jogos (691 contos), abono de família (42 091 contos), e 26 contos de acidentes em serviço e exercícios findos.

Não se pode dizer que a despesa do Ministério se tivesse desenvolvido muito, apesar da pressão exercida pelos serviços da segurança pública.

Com efeito, o índice em relação a 1940 eleva-se a 468, cifra que está dentro da média do movimento ascensional das despesas públicas, até considerando n desvalorização da moeda e o facto de não existirem em 1940 alguns departamentos do Ministério, como a Junta da Emigração e o abono de família. As despesas deste Ministério subiram ainda para 204 928 contos em 1962. O seu índice do aumento atinge 465, como se nota no quadro a seguir, que inclui a despesa total e o índice num longo espaço de tempo:

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Um exame minucioso das verbas relacionadas com os diversos organismos do Ministério mostra algumas alterações dignas de interesse.

Considerando como ponto de partida o tino de 1938, notam-se três grandes alterações.

A maior relaciona-se com os serviços prisionais, em que se deu o aumento de 80 234 contos. Nestes serviços, que contavam 16 555 contos naquele ano, o acréscimo foi de cinco vezes mais. Esta inflação da despesa deve ter alterado profundamente a eficiência dos serviços, dado que permitiu progressos, muito sensíveis.

Outra verba muito mais alta é a dos serviço de justiça.

O aumento foi de 41 283 contos. Na rubrica "Serviços de justiça", incluem-se o Supremo Tribunal de Justiça, os Relações, o Tribunal de Execução de Penas, o Ministério Público e a Polícia Judiciária. As alterações respeitam a melhorias apreciáveis nas dotações de todos estes serviços.

Finalmente, ainda se deu grande desenvolvimento na despesa em "serviços tutelares de menores", com mais 20 286 contos.

No mapa a seguir desdobram-se as despesas do Ministério da Justiça.