Ainda diminuíram as despesas destes serviços, que desceram para 2600 contos, uma economia de 39 contos. A diferença para menos está nas verbas de 100 bolsas de estudo (menos 348 contos). Outras verbas aumentaram. As cifras são as que seguem:

Não parece razoável a supressão de bolsas de estudo. Antes seria de desejar que fossem reforçadas e se procurasse através delas atrair para o ensino valores mentais que hoje se perdem por falta de meios financeiros para completar a sua educação. No ensino superior os organismos que se incluem sob esta designação utilizaram 157 630 contos, mais 3105 contos do que em 1961, e individualizam-se na forma que segue:

Todo o aumento se deu nas Universidades. Não sendo grande para as exigências, representa um novo auxílio. O problema das Universidades é da mais alta importância para o País, como já se escreveu. Além das condições sucintamente mencionadas acima, o ensino universitário precisa de ser convenientemente dotado.

Não se deseja fazer comparações neste lugar sobre as despesas actuais e sua relação com as de outros países afins. O problema das verbas não foi ainda solucionado em Portugal como em outras nações. Mas a formação de diplomados tem uma projecção considerável em toda a vida económica e social portuguesa, para só considerar por agora estes aspectos. E o equipamento laboratorial e outro desempenham um papel de primeira grandeza, assim como a existência de corpo docente que dedique ao ensino a sua principal actividade.

O custo das quatro Universidades, de Coimbra, Lisboa, Porto e Técnica, elevou-se para 113 844 contos. Este custo distribuiu-se irregularmente, cabendo 36 230 contos à de Lisboa. A Universidade Técnica, com 23 875 contos, é a menos dotada.

As despesas das Universidades são as seguintes:

Se as cifras forem examinadas tendo em conta as do longínquo ano de 1938, o caminho andado parece ter sido muito grande. Mas tenha-se em conta também a desvalorização da moeda e alterações substanciais na sua estrutura. O parecer insiste sobre as pequenas dotações das Faculdades de Ciências. A insistência de este ano não se refere apenas às dotações. Quem visitar, por exemplo, a Faculdade de Ciências de Lisboa, onde seguiram cursos no ano lectivo de 1960-1961 nada menos de 2299 alunos, verificará certamente a impossibilidade de um ensino adequado, ainda que as dotações o permitissem. Não é apenas uma questão de anfiteatros ou salas de estudo. Mas o treino laboratorial terá de ser rudimentar, por falta de espaço e até por falta de aparelhagem.

A evolução cientifica é um dos fundamentos da vida moderna.