O saldo negativo da exploração de S. Carlos reduziu-se este ano, pois se eleva a 4386 contos, menos cerca de 1000 contos do que em 1961, como se nota no quadro seguinte, que dá as receitas e despesas do Teatro de S. Carlos desde a sua reabertura:
(ver Tabela na Imagem)
A razão da sensível melhoria na exploração do teatro lírico está no aumento de receitas de 436 contos e em menores despesas (menos 559 contos). Julga-se de interesse prosseguir no caminho do reforço de receitas e diminuição de despesas. O saldo negativo de 1962 já se aproxima do de 1952.
Contos
Quase todas mantiveram os valores de 1961.
Ensino liceal
A título de informação, o número de estabelecimentos liceais no País em 1961-1962 elevava-se a 390, sendo 43 do ensino oficial. A iniciativa particular, com novos estabelecimentos escolares, obviou os inconvenientes do rápido acréscimo na frequência.
O número de alunos matriculados naquele ano elevou-se a 118 250, sendo 49 274 no ensino oficial. Esta cifra é muito maior do que a de há meia dúzia de anos.
É louvável a tendência para descentralizar o ensino secundário, até para pequenas vilas, longe das capitais de distrito, onde normalmente existem os liceus oficiais. O Estado deveria auxiliar, na medida do possível, esses estabelecimentos secundários, quer por auxílio docente, quer ainda por subsídios e outras formas onde fosse preciso. A economia para o Estado de novas construções escolares é manifesta.
A seguir desdobram-se as despesas do ensino liceal:
É curioso notar que se mantiveram nos dois anos as despesas de material, com 2255 e 2258 contos, em 1961 e 1962:
Contos
Deve haver grande falta nos liceus de aparelhagem, reagentes e outras coisas necessárias ao ensino experimental.
Este ensino deve ser posto na lista das reformas necessárias na educação nacional.
A seguir indicam-se as despesas do ensino técnico nos últimos dois anos.