O porto de Lisboa tem gasto nos últimos anos elevadas quantias no seu apetrechamento, e executado obras que sobem a algumas centenas de milhares de contos. Estes investimentos deveriam naturalmente exercer efeito benéfico sobre as despesas, influenciando as de mão-de-obra e de um modo geral as de pessoal. Haverá um conveniente aproveitamento dos benefícios dos últimos anos?

Em 1962 as despesas diminuíram 7388 contos em relação a 1961, mas esta melhoria não neutralizou á subida de 48382 contos em 1961.

Onde se nota mais oscilação é no pagamento de serviços e diversos encargos, que se elevaram de cerca de 35 000 contos de 1960 para 1962, como se verifica a seguir:

(Ver Quadro na Imagem).

A percentagem de cada uma das classes no conjunto de despesas ordinárias sofreu, naturalmente, a influência das referidas oscilações, como o mesmo quadro mostra. Entre 1962 e o ano antecedente não se nota quebra sensível nas percentagens. Como se verifica no quadro anterior, aumentou quase 1500 contos o encargo de material de 1961 para 1962. A despesa com o pessoal desceu 187 contos.

O desdobramento das despesas de material nas várias parcelas é dado pelo mapa seguinte, donde consta também a percentagem que a cada uma cabe no conjunto:

(Ver Quadro na Imagem).

A maior verba pertence à conservação de móveis- (cerca de metade do total), seguida da de conservação de imóveis.

O consumo de combustíveis tem vindo a diminuir nos últimos dois anos. A verba desta classe de despesas fixou-se em quase 86 000 contos em 1962, embora sensivelmente menor do que a de 1961 (95 000 contos).

Convém chamar a atenção para as verbas mais salientes, que se destacam muito das restantes.

(Ver Quadro na Imagem).

Como se nota, o Fundo de melhoramentos ocupa a mais elevada percentagem, mas as despesas com o tráfego continuam a exercer grande pressão.

As duas verbas formam três quartas partes da despesa. Baixou 10 800 contos a dívida da Administração-Geral em relação ao seu capital inicial:

(Ver Quadro na Imagem).