é capitalizada e investida em variadas aplicações. Como se verá mais adiante, a carteira de títulos atinge já somas muito elevadas.

Esta carteira divide-se por títulos do Estado e investimentos particulares, embora orientados, directa ou indirectamente, pelos órgãos do Estado.

E também neste aspecto que a responsabilidade do investimento afecta a vida pública.

Não se põe em dúvida que se procura rodear o investimento das caixas de previdência das possíveis cautelas, tendentes a assegurar a rentabilidade e diminuir o risco. Mas deve notar-se que muitas vezes a facilidade no investimento que decorre da existência de grandes meios financeiros disponíveis é contraproducente e se opõe à rentabilidade e até a vantagens no próprio investimento. Numa palavra, pode acontecer que o investimento desapareça pura e simplesmente por não ser a empresa a mais indicada.

Todo o investimento tem riscos, e há que contar com eles também neste caso. Mas não se pode esquecer a origem dos fundos e a função social que eles comportam. As despesas de alguns organismos corporativos somaram 189 233 contos, assim distribuídos:

Desde 1958 as despesas aumentaram cerca de 30 000 contos, e de 10 244 contos em relação a 1961.

O maior desenvolvimento da despesa processou-se na dos sindicatos nacionais. E de notar a diminuição nas Casas dos Pescadores (menos 1998 contos desde 1958). Nas caixas sindicais de previdência e de reforma e previdência a despesa ultrapassou pela primeira vez a casa do milhão e meio de contos (1574324 contos). A diferença para 1961 é de 209 138 contos e de 568 289 contos mais do que em 1958.

A seguir indicam-se as cifras para os três anos:

As verbas de maior relevo nas despesas em 1962 nas caixas de previdência foram as pensões (241 057 contos), os subsídios (483 849 contos) e administração (90 252 contos).

No caso das caixas sindicais as pensões somaram 85 834 contos, os subsídios elevaram-se a 443 408 contos e a administração custou 80 813 contos.

Receitas e despesas Pretende dar-se no quadro adiante uma ideia de conjunto das receitas e despesas dos organismos corporativos e das instituições de previdência, excluindo algumas para harmonizar as verbas com os elementos fornecidos em pareceres anteriores:

Origem das receitas e despesas As receitas têm várias origens e não é fácil, sem grande extensão, que não cabe neste parecer, analisá-las em minúcia. Mas há interesse em ter uma ideia geral das principais fontes de tão largas somas.

Nos sindicatos nacionais as quotizações de sócios e contribuintes constituem alicerces da receita. Destacam-se as verbas pagas pelo comercio e seguros, incluindo empregados bancários, com 17 200 contos, os transportes e comunicações, com 13500 contos, os serviços do interesso geral, onde se coutam as profissões liberais (7331 contos), com 7580 contos, as indústrias têxteis e de vestuário, com 4300 contos, tudo em números redondos.

Nas despesas dos sindicatos, num total de 64 733 contos, os gastos da administração somaram 43 157 contos, com a verba de 25 095 contos para pessoal.

Nas Casas do Povo, em número de 597, as quotizações elevaram-se a 38 852 contos. Outras receitas, que compreendem diversas verbas, renderam 15 189 contos. A receita destes organismos é muito baixa para as exigências da população rural. No entanto, é possível manter certa assistência médica e até, nalguns casos, escolas profissionais (4) e bibliotecas (473).

As despesas de maior relevo referem-se a administração (15 921 contos). O pessoal conta nelas com 8357 contos, ou mais de metade. A assistência social utiliza 34 949 contos, correspondendo a subsídios e donativos cerca de 18355 contos.

Os rendimentos próprios subiram a 15 167 contos em 1962, sendo o restante preenchido por quotizações (3876 contos) e outras.

Nestes organismos utilizaram-se 13 906 contos na assistência social e 3091 contos na administração.

A seguir englobam-se num único quadro todas as receitas.