Em vez de considerar todos os títulos do quadro, considerar-se-ão os que têm maior interesse: os empréstimos, os saldos de anos económicos findos e os excessos de receitas ordinárias sobre idênticas despesas.

Ainda se fará uma distinção no caso dos empréstimos, pois se subdividirão em empréstimos por venda de títulos, promissórias, empréstimos com afectação especial e empréstimos representados pelo crédito externo. Viu-se que cada uma destas rubricas se elevava as quantias seguintes:

Contos

Promissórias ............. 150 000

Com o produto da venda de títulos e crédito externo liquidaram-se as despesas feitas no seguinte:

O quadro exprime a cobertura das despesas extraordinárias na parte relativa ao crédito externo e à venda de títulos.

Falta ainda indicar como se gastaram as promissórias (150 000 contos) e os 47 500 contos a que se aludiu acima, relativos a venda de títulos com afectação especial.

As promissórias serviram para financiar parte do empréstimo de 150 000 contos a Angola e os 47 500 contos destinaram-se ao empréstimo à Guiné (37 000 contos) e a uma parcela de 10 500 contos no empréstimo a S. Tomé e Príncipe.

A variedade de despesas cobertas pela venda de títulos e a sua natureza não permite formar uma ideia do critério que presidiu a sua distribuição.

Pode contudo fazer-se um apanhado das verbas utilizadas do produto da venda de títulos:

Contos

Empréstimos e subsídios ao ultramar....... 201 300

Aquisição de acções e obrigações.......... 150 000

Instalações do Exército e Marinha......... 13 500

Para perfazer o total de 1 117 679 contos há outras verbas de menor importância, como o Plano de melhoramentos do Porto (4000 contos), aproveitamentos hidráulicos (2460 contos), hidráulica agrícola (2834 contos), protecção a refugiados (1689 contos), construções prisionais (3438 contos), estradas da Madeira (3750 contos), construções hospitalares (9496 contos), pousadas (6000 contos), aeroportos (6186 contos) e ainda algumas de menor importância.

Possivelmente a pressão dos acontecimentos do ultramar, que exigiu um esforço financeiro grande, levou à inclusão em empréstimos de despesas que normalmente deveriam ser liquidadas por força de excessos de receitas sobre despesas ordinárias.

Aliás, já anteriormente assim se fizera e seria bom que o critério anterior fosse seguido.