As cifras para os últimos seis anos constam do quadro que segue:

(Ver quadro na imagem)

(a) De 28 e mais semanas (não incluídos nas restantes colunas).

A analise das taxas no último quinquénio não revela progressos sensíveis, parecendo que as cifras de maior relevo relativas a 1962 não justificam comentários especiais, salvo, talvez, os seguintes: a mortalidade até 1 ano - que coincide com o conceito genérico de mortalidade infantil- regressou praticamente ao nível de 1960; a de menos de 7 dias situou-se em nível superior e dos anos anteriores. Os elementos que seguem dizem respeito ao movimento migratório externo.

O saldo geral migratório com o estrangeiro foi praticamente igual ao de 1961.

as outro tanto se não pode dizer da sua composição, conforme os destinos dos emigrantes:

A principal alteração que se destaca neste conjunto é o impulso tomado pela emigração para França - facto, aliás, do domínio público. Em relação a este país, é de notar o reduzidíssimo número de emigrantes retornados - apenas 3 no ano transacto, em comparação com 8245 saídas que tiveram aquele destino.

Poucos emigrantes voltaram, também, dos Estados Unidos: 39 contra 2425, o mesmo acontecendo com o Canadá. Mas não é válida idêntica observação quanto ao Brasil (1024 retornados contra 13 555 emigrantes, ou seja, cerca de 8 por cento destes) e muito menos a respeito da Venezuela, em que esta taxa foi de quase 13 por cento.

A emigração para o Brasil acusou decréscimo considerável em 1962: quase 2700 pessoas a menos em relação ao ano anterior. Com oscilações apreciáveis de ano para ano, parece desenhar-se uma tendência recente para novo enfraquecimento da corrente emigratória para aquele país. A este facto não será estranho o aumento da emigração para França, que apresenta a vantagem, pelo menos aparente, de maior facilidade de contactos frequentes entre os que vão e os que ficam e maior remuneração imediata.

Quanto ao movimento com o ultramar, o facto de maior relevo foi o saldo com a província de Angola, que correspondeu a cerca de dois anos de povoamento normal, isto é, de acordo com a tendência revelada recentemente. Assim, foi possível compensar o saldo negativo de 1961 e acrescentar mais de 7000 indivíduos metropolitanos ao povoamento daquele território:

O saldo com Moçambique foi da ordem de grandeza do verificado em anos anteriores. A Guiné e S. Tomé e Príncipe receberam apenas saldos de 300 e 155 pessoas, respectivamente.

Há, no entanto, a registar alguns saldos negativos: o da Índia, de 1150 pessoas, consequência dos acontecimentos ocorridos naqueles territórios ainda em 1961, mas com reflexos no ano seguinte; e também os de Cabo Verde (-708), Macau (-567) e Timor.

Deste modo, o povoamento do ultramar continuou, como nos anos anteriores, a dirigir-se quase exclusivamente para as duas maiores províncias africanas.