mento foi um dos maiores alcançados até hoje. Felizmente que o acréscimo nas despesas ordinárias não alcançou, no conjunto, aquela cifra.

Houve assim lugar para pagamento de despesas extraordinárias com excessos de receitas ordinárias sobre idênticas despesas.

Este fenómeno, que é corrente na metrópole e tem sido assinalado todos os anos, era pouco comum no ultramar. Nas despesas ordinárias, que atingiram 6 437 000 contos, há que considerar anomalias provenientes da importância de certos serviços autónomos de grande projecção nalgumas províncias. O assunto será visto mais pormenorizadamente adiante.

No longo período que decorre desde 1938 as despesas ordinárias no ultramar e na metrópole foram as que se apresentam a seguir:

Tem havido sempre aumento nas despesas ordinárias.

No ano de 1961 parece haver excepção à regra, mas deve ter-se em conta a dedução feita naquele ano das despesas do Estado da índia. Apesar dessa falta e das alterações sofridas na contabilização das despesas do caminho de ferro da Beira em 1961, as despesas de 1962 já alcançaram de novo as de 1960, com 6 487 000 contos nos dois anos.

O acréscimo de despesas nos dois últimos anos, que são comparáveis, pode observar-se nos números que seguem:

A evolução das despesas torna-se mais clara quando se calculam as diferenças entre dois anos. Nos últimos exercícios financeiros os aumentos de despesas constam do quadro seguinte:

de contos

1956 .................. + 560

1960 .................. + 583

Os maiores acréscimos deram-se em 1955 e 1962. Todos os anos se processa aumento na despesa, que varia de ano para ano. Nos últimos exercícios nota-se pressão da despesa sobre o Tesouro.

Apesar de tudo, as receitas procuram acompanhar as despesas.

A seguir indicam-se as cifras das receitas e despesas ordinárias, com as respectivas diferenças em cada ano:

A evolução do índice da despesa ordinária Já se fez notar acima a evolução da receita ordinária e obteve-se o índice de 1070 para o total do ultramar.