As despesas subiram mais, pois que o índice, na base de 1938 igual a 100, atingiu a cifra de 1187.
A causa do desequilíbrio, se assim se pode chamar, reside nos índices de Moçambique - 1274 para as receitas e 1471 para as despesas. Mas também noutras províncias se nota aumento no ritmo de gastos.
No quadro seguinte indicam-se os índices das despesas ordinárias:
Distribuição das despesas ordinárias
As percentagens suo idênticas, com excepção de um ou outro caso, em que, contudo, se aproximam, como se pode verificar nos números mencionados no quadro que a seguir se apresenta:
O serviço das dívidas provinciais continua à roda de 3,5 por cento do total da despesa ordinária e a despesa dos serviços de administração geral e fiscalização também continua a subir, embora com percentagem diminuta, apesar de o aumento em 1962 ter sido de 1,1 por cento.
Em compensação, a despesa dos serviços de fomento, onde se inclui a dos serviços autónomos, desceu a sua percentagem de 46,3 por cento para 43,8 por cento, embora se note acréscimo nos valores absolutos.
Os três capítulos: «Serviços de fomento», «Administração geral e fiscalização» e «Encargos gerais», em 1962, tiveram despesas equivalentes a 78,1 por cento do total, mas o que mais pesa são os serviços autónomos.
Outros capítulos apenas representaram 21,9 por cento, incluindo o serviço da dívida e os serviços de defesa.
Serviços autónomos
A evolução da despesa destes serviços num longo período daria, de qualquer modo, o índice de desenvolvimento dos territórios a que pertencem e no caso de Moçambique mostrariam o progresso económico de certos territórios vizinhos, como as Rodésias, a Niassalândia e ainda outros. No caso de Angola a influência dos serviços autónomos nas Coutas é menor. Ainda assim o porto do Lobito tem despesa apreciável, que também inclui serviços prestados a Katanga.