Destas produções modestas, sem melhoria apreciável de ano para ano, deriva a estagnação dos consumos e até das receitas públicas.
A província vive essencialmente da exportação de dois produtos - o cacau e a copra. Pode dizer-se que vive do cacau e das oleaginosas. Em 1962, num total exportado de 152 200 contos, 127 412 contos foram representados por cacau e copra, compreendendo-se nestas a copra, o coconote e o óleo de palma, em proporções sucessivas.
As produções destes géneros ultramarinos têm, pois, grande influência na vida económica e social da província.
Como poderá verificar-se nos números que seguem, as produções, exceptuando a da copra, mantiveram níveis idênticos ao do período anomalia e guerra. E nesta anomalia que residem as dificuldades de S. Tomé e Príncipe:
Se for feita a comparação com 1989, nota-se decréscimo no cacau, no café, no coconote e no óleo de palma. Nalguns casos a diminuição é acentuada, como no cacau, que na série de anos considerada nunca atingiu os valores de 1939.
O único raio de luz parece estar no desenvolvimento da copra, que, na verdade, passou de uma produção de apenas 2388 t em 1939 para 6307 t em 1962. O aumento das produções está na base da prosperidade da província, mas as cifras acima publicadas não parecem ser de molde a alimentar esperanças sobre as produções num futuro próximo.
Comércio externo
A seguir publica-se um quadro, que dá uma súmula do comércio externo durante certo número de anos:
No quadro verifica-se que a exportação de 1962 foi a mais baixa desde 1950.
O saldo, em relação a 1961, melhorou um pouco devido a importações menos volumosas.