A baixa nas despesas deve-se à menor importância das extraordinárias, porquanto as ordinárias aumentaram de um pouco mais de 5000 contos.
O problema financeiro de S. Tomé e Príncipe reside na possibilidade de manter o nível das receitas ordinárias, o que não parece possível. Como alternativa terá de ser encarada a diminuição das despesas ordinárias. Talvez que a reforma conveniente dos serviços permitisse essa redução.
A seguir indicam-se as receitas ordinárias desde o período anterior a guerra:
O índice de aumento seria satisfatório se a economia da província tivesse acompanhado a sua evolução. Está acima de algumas outras províncias.
Repartição de receitas ordinárias
Em 1962 dois factos assinalaram as cobranças: o reforço dos rendimentos das indústrias em regime tributário especial e a melhoria sensível no capítulo do domínio privado, indústrias do Estado e participação de lucros. Estes factos alteraram as percentagens que competem a cada capítulo.
Assim, o somatório dos impostos directos, indirectos e taxas, que representava 85,8 por cento do total das receitas em 1961, desceu para cerca de 76 por cento.
Publica-se a seguir um quadro que mostra as percentagens das receitas que competem a cada capítulo, durante um longo período:
É curioso verificar, num rápido golpe de vista, a pequena influência das consignações de receitas e a sua decadência desde 1988 em benefício das taxas. Os capítulos já mencionados dos impostos directos, dos indirectos, das taxas e das consignações, destacados do quadro para alguns anos, apresentam as percentagens seguintes.