l 020 666 contos. Nas importações houve mais 630 470 contos e as exportações aumentaram 390 187 contos.

Há a salientar nestes resultados o que parece ser um paradoxo. A carga movimentada diminuiu de l 800 940 t para l 745 093 t, menos 55 847 t. A diferença proveio do menor peso das importações apesar do considerável aumento no seu custo. As razões desta divergência serão vistas com maior pormenor mais adiante.

Felizmente que as exportações melhoraram bastante, apesar de não ser por aí além o aumento do peso exportado. Em valores a melhoria nas exportações alcançou a cifra de 390 187 contos.

Convém examinar os números relativos ao peso e valores da importação e da exportação de modo a ter melhor ideia do conjunto.

Esses números constam do quadro seguinte:

Pode extrair-se do quadro: em 1961 a diferença entre o peso da importação e exportação elevara-se a 856 296 t, que aumentou para l 026 373 t em 1962. Maior valor unitário nas importações devido a maior valor global e menor peso. Deste facto resultou menor saldo da balança, embora comportável, se a palavra se pode usar neste assunto.

Mostra-se à evidência o grande acréscimo do valor da importação, mais 630 479 contos para um peso que se reduziu de 112 962 t em relação a 1961. Assim, os valores unitários da importação aumentaram muito. Constituíram o entrave a maior valor no saldo da balança, pois passaram de 6917$ para 10 847$. Não houve correspondente melhoria no valor unitário da exportação, que é constituída no seu maior volume por mercadorias pobres. Houve, além disso, neste ano, falhas na saída de mercadoria rica, como os diamantes, que se exportaram em menor quantitativo e valor.

A seguir indicam-se os valores unitários da mercadoria importada e exportada durante um longo período:

A maior tonelagem importada situou-se em 1960 em 520 505 t. A de 1962 reduziu-se para valor inferior ao de 1952. Em compensação a tonelagem exportada continua a aumentar até ao seu máximo quantitativo, que teve lugar em 1962. A qualidade das mercadorias importadas é coda vez mais valiosa. Já outro tanto não acontece no caso das mercadorias exportadas. Nestas influi nos últimos anos o minério de ferro. Na verdade, de há uns anos para cá os produtos minerais têm influência cada vez mais acentuada na exportação, e é bom que assim seja, porque a influência de minas em países novos é altamente colonizadora e, diga-se a palavra, civilizadora.

Durante muitos anos os produtos minerais circunscreviam-se quase só aos diamantes. Vieram depois minérios de cobre, embora em pequenas quantidades. Ultimamente os minérios de ferro e manganês e os produtos petrolíferos começaram a sobressair.

Em 1962 a exportação de produtos minerais foi como segue:

Na soma de 828 348 contos os diamantes ainda figuram com 555 962 contos. Mas note-se que em 1961, num total um pouco superior, 871 779 contos representavam 662 133 contos. Parece ser possível, em futuro próximo, elevar a exportação de outros produtos minerais, ferro, cobre, manganês e produtos petrolíferos para quantia idêntica se não superior à dos diamantes. Para terminar este apanhado geral do comércio externo publicam-se a seguir as cifras da importação e exportação durante um longo período que s inicia em 1938.