O quadro dá logo ideia das alterações verificadas em 1962, algumas de certa profundidade. As mais salientes são as das máquinas e aparelhos, incluindo material eléctrico, as matérias têxteis, e a do material para transportes, todas com mais de 100 000 contos do que no ano anterior. A incidência do aumento da primeira e terceira revela o apetrechamento mecânico da província. Nela devem ter influído a aparelhagem destinada às novas centrais e fábricas e o desenvolvimento do sistema rodoviário.
Principais importações
0s tecidos continuam a manter o primeiro lugar, com um aumento de mais de 100 000 contos em relação a 1962. Talvez que este aumento venha preencher a falha de 1961, da ordem dos 76 000 contos em relação ao ano anterior. Às dificuldades de transferências devem ter prejudicado neste aspecto o ano de 1962.
A quebra nos vinhos acentuou-se. O aumento de veículos automóveis para a cifra global de 275 584 contos, mais 64 428 contos do que no ano anterior, deve ter sido ocasionado pela melhoria das estradas, por um lado, e pelos acontecimentos no Norte, por outro.
Factores de interesse na importação são os de maiores quantidades de materiais de construção, por exemplo: vidro, geradores, conversores e motores eléctricos (centrais).
Não se deduz do exame das cifras a causa real da baixa da tonelagem importada.
A produção interna, em especial a de produtos petrolíferos, melhorou a balança, por menor importação (menos nos 69 022 em produtos minerais) e pela exportação, como se verá adiante.
Os consumos internos estão a ser servidos em muito maior escala pela produção interna e ó bom que se acentue esta política. Por ela se satisfazem longas recomendações feitas nestes pareceres há muitos anos.
O exame das importações ainda permite acentuados desenvolvimentos na actividade para consumos internos. Alguns produtos que estão à espera de quem os fabrique já foram indicados nestes pareceres, mormente no do ano passado. E até será possível conquistar alguns mercados africanos, apesar da celeuma levantada em organismos internacionais.
O preço unitário das mercadorias exportadas melhorou, não tanto como seria de desejar, mas, em todo o caso, melhorou. Influíram nessa melhoria o sisal e o café.
A seguir publicam-se os números das exportações, na última década e na actual, em toneladas e valores, com o índice de peso, referido a 1939, como no caso das importações, e o preço unitário:
Quanto à tonelagem, mais do que dobrou desde 1950. Está a caminhar para o triplo, o que é devido em especial