Ultimamente a comparticipação de outros países tem melhorado. Representam hoje cerca de 30 por cento.

A seguir indicam-se as importações dos quatro maiores exportadores para Angola:

Todos os países mencionados melhoraram em valor absoluto as suas exportações, embora houvesse retraimento nos valores relativos.

A metrópole fornece vinhos comuns (294 916 contos), mas em menor quantidade do que em 1961. Envia também tecidos de algodão (203 025 contos), azeite (64 251 contos), protectores para automóveis (56 607 contos), ferro ou aço em obra (54 826 contos), calçado e outras e variadas mercadorias.

O Reino Unido enviou 114 412 contos de automóveis e 23 098 contos de tractores para Angola em 1962, reforçando a sua posição de grande fornecedor para 470 525 contos.

Os Estados Unidos, que são um grande cliente de Angola, enviaram para lá 55 651 contos de trigo em grão, 41 771 contos dê peças e acessórios de automóveis, 28 728 contos de tractores e 23 030 contos de óleos lubrificantes.

Enviam, além disso, grande número de outras mercadorias até ao total de 348 560 contos, ou perto de 9 por cento do total.

Finalmente, a Alemanha ainda melhorou a sua posição em 1962 para 303 264 contos, em que predominam automóveis, com perto de 50 000 contos, além de ferro em obra, máquinas, acessórios diversos e outras mercadorias. Muito abaixo destes fornecedores vêm os que se apresentam no quadro seguinte:

Predominam a Bélgica e a França, respectivamente com 4 e 3,7 por cento. Ambos têm saldo positivo com Angola, bastante alto. A Holanda é de entre todos os fornecedores deste grupo, com o valor de 134 937 contos, aquele que compra mais, em especial café.

Aparece este ano, em lugar proeminente, Macau com a exportação de 118 159 contos. Mais do que dobrou as suas remessas. Ao analisar as contas desta província examinar-se-á o seu comércio para Angola.

O comércio importador com alguns dos países do grupo acima mencionado melhorou bastante, em especial com a Bélgica, França e Holanda.

Também Moçambique enviou mais produtos, cerca de 81 980 contos, contra 38 217 contos em 1961. Nas exportações os Estados Unidos ocuparam o primeiro lugar em 1962. Este país compra em especial café Robusta (l 027 101 contos), mas ultimamente também é cliente de outros, como conservas de peixe, cera e diversos.

O comércio exportador com o Reino Unido não é o que podia ser. Este toma toda a produção de diamantes (555 962 contos), num total de 634 837 contos importado de Angola. O saldo é preenchido com outros produtos, de entre os quais sobressai o milho.

A Alemanha melhorou as suas importações de Angola para 329 891 contos. Os minérios de ferro comparticiparam nesta cifra com 108 671 contos, o café com 73 642 contos e a crueira com 60 714 contos.

Finalmente, a Holanda ainda reforçou as compras de café Robusta. A sua importação elevou-se para 458 004 contos.

O quadro seguinte dá ideia das exportações:

Estas são as exportações de mais de 100 000 contos. Aumentaram as suas compras os Estados Unidos, a metrópole, a Holanda, a Alemanha e a Itália. Os outros países diminuíram-nas, embora por importâncias relativamente pequenas, com excepção do Reino Unido, devido naturalmente ao decréscimo na produção de diamantes.

Entre os países que compram menos de 100 000 contos assinalam-se a Bélgica-Luxemburgo (80 375 contos), a Espanha (65 494 contos), a França (50 148 contos), o Japão (36 302 contos), a União Sul-Africana (27 807 contos) e finalmente a Suíça (21 165 contos) com mais do 20 000 contos. Mas com quase todos há saldo negativo.

Parece haver possibilidades de consumos de produtos angolanos naqueles países. Já se notou que a balança do comércio fechou com o saldo positivo de 366 100 contos.

Este saldo proveio das vendas de café aos Estados Unidos e Holanda e em parte da venda de diamantes ao Reino Unido. Com estes países e a República do Congo