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Na verdade, deu-se o aumento de 29 746 contos nas receitas do capítulo, que proveio da taxa de $10 por quilograma sobre o café exportado. E receita da Junta de Exportação do Café. Também a avolumar as consignações de receitas se processaram este ano as do Código da Estrada e outras.

Serviços autónomos Os serviços autónomos em Angola e Moçambique constituem uma parcela muito significativa nas receitas gerais de cada uma das províncias.. A sua influência é muito mais acentuada em Moçambique.

Em Angola, á receita dos serviços autónomos em 1962 parece ter diminuído. Mas não é assim, porque desapareceu a verba da luz e água da cidade de Luanda por ter sido extinto este serviço. A sua receita no ano passado subira a 126 945 contos.

Criaram-se dois novos serviços autónomos: o do Laboratório de Engenharia, que teve a receita de 26 109 contos, e o do Conselho de Câmbios, com a receita de 25 870 contos. Estes dois serviços, que não existiam em 1961, somaram 51 979 contos. Abatendo aos 126 945 contos, ainda se produziu aumento apreciável na receita total dos serviços. Aliás, o acréscimo torna-se claro no exame dos seguintes números:

(a) A diminuição verificada nos serviços não se de significado especial, pois

Ficou a dever-se à extinção de serviço autónomo de luz e água de Luanda, aliás atenuado com a incisão de dois novos organismos: o Laboratório de Engenharia

De Angola e o Conselho do Câmbios.

Como se nota, todos os antigos serviços subiram: 17 627 contos nos transportes, 2885 contos nos C. T. T., 4568 contos na Imprensa Nacional. Só a exploração do vapor 28 de Maio dá prejuízo, como em anos anteriores. O facto mais saliente em matéria de despesas A o grande aumento das ordinárias, que atingiram pela primeira vez a casa dos 2 milhões de contos. Gastaram-se mais 208 246 contos. No entanto, as despesas totais da província diminuíram 89 894 contos, visto terem sido utilizados menores recursos como despesas extraordinárias (menos 298 140 contos). A prudência manda que se não recorra com tanta intensidade ao empréstimo, que é uma das parcelas de maior influência nas receitas que liquidam as despesas extraordinárias. Nos dois últimos anos os gastos totais de Angola foram os seguintes:

Nas despesas extraordinárias há 602 796 contos utilizados no II Plano de Fomento e 325 571 contos gastos noutros fins, que são enumerados na respectiva secção, mais adiante. Os empréstimos pagaram cerca de 58 4355 contos das despesas extraordinárias utilizadas no Plano de Fomento. Viu-se que as despesas ordinárias se fixaram em 2 099 410 contos. Deduzindo-lhes os serviços autónomos, com compensação na receita ordinária, as despesas da província propriamente ditas elevaram-se a l 605 048 contos. O aumento foi de 258 607 contos, visto idênticas despesas em 1961 se terem elevado a l 346 441 contos.

Tão grande aumento de despesa proveio, por muito mais de metade, dos serviços de administração geral e fiscalização e dos encargos gerais, cerca de 150 040 contos num total de 208 246 contos. Há outras alterações nos diversos capítulos em que se dividem as despesas, como se pode ler a seguir: