Súmula do II Plano de Fomento O quadro é a resenha completa da obra realizada através do II Plano de Fomento.

Convirá talvez resumi-la por grandes rubricas, de modo a ter melhor ideia do conjunto:

O quadro dá indicação do gasto total em cada uma das rubricas durante a vigência do plano de fomento, isto á, nos anos que decorrem desde 1959.

Ocupam posições de destaque os caminhos de ferro, com 515 036 contos, o plano rodoviário, com 511 021 contos, e os portos, com 181 315 contos, a distribuição de energia, com 141 090 contos, os melhoramentos locais, com 145 616 contos, e os aeroportos, com 146 330 contos.

As verbas de mais de 100 000 contos gastas nos primeiros quatro anos de vigência do plano dá fomento são as seguintes:

Contos

Distribuição de energia ............................. 141 090 Angola está em pleno desenvolvimento e requer comunicações. Estes pareceres, logo que foi iniciada a série do ultramar, aconselharam com ênfase um plano rodoviário ousado que estabelecesse pelo menos as malhas fundamentais da futura rede da província. No II Plano de Fomento inscreveram-se dotações no valor de 597 679 contos para os quatro anos e gastaram-se 515 036 contos.

Sem analisar se eram suficientes ou não as dotações, parece que o índice de aproveitamento da verba em 86,1 por cento é razoável, dadas as condições da província. Corresponde à média de cerca de 120 000 contos por ano.

Também o parecer recomendou menores dispêndios com caminhos de ferro. Só casos de tráfego pobre e muito volumoso justificam por agora a construção de longos caminhos de ferro, dispendiosos e de exploração cara. A verba de 515 036 contos, parece ser muito elevada.

Na colonização há que distinguir o Cela, o Cuanza-Bengo e o Cunene. Esta dotação está estreitamente ligada à reg a e por isso talvez valha a pena apresentar as cifras em conjunto. Assim, a questão poderá apresentar-se da forma que segue:

Está na realizar-se em Angola uma larga experiência de colonização. As somas gastas no II Plano de Fomento já ultrapassaram os 500 000 contos, se for incluída a rega. E deverá incluir-se, porque sem ela não seria possível a colonização, pelo menos em escala que justifique as quantias despendidas.

Além das somas já mencionadas, haverá que incluir, verbas para o mesmo fim da dotação da Junta Provincial de Povoamento, de que se falará mais adiante. No orçamento desta Junta notam-se encargos hidroagrícolas, verbas para a pequena colonização na Huíla, 26 204 contos para o vale do Bengo, 49 448 contos para a Cela, além de mais quantias para estudos neste colonato.

Seria interessante fazer o balanço da obra realizada, tendo em conta os elevados investimentos do n plano de Fomento, a que há a adicionar o que se gastou no primeiro, e, no caso da Cela, o que se despendeu antes dos dois planos. O parecer voltará no assunto num dos próximos anos.

A utilização doa empréstimos em 1962 Caminhos de ferro Em 1962 gastaram-se 60 627 contos em caminhos de ferro, assim distribuídos:

Contos