No material sobressai a verba de 38 131 contos, sob a rubrica «Móveis», que representa uma prestação da compra de tractores e alfaias agrícolas, no total de 145 000 contos (mais de 500 unidades). O saldo para o pagamento total será feito em cinco anos. Nos encargos das variadas verbas, umas maiores, outras menores, referentes a higiene, saúde e conforto, comunicações, expediente, transporte, alojamento e instalação de colonos, incluem-se adubos, sementes, insecticidas e mais (15 814 contos).

Também se incluem nos encargos, obras hidroagrícolas da Cela (6465 contos), expropriações de terrenos e amortizações de juros (11 719 contos) e outras verbas para valorização da pequena agricultura na Huíla, colonização baseada no tabaco, e mais.

A Junta Provincial teve a receita em 1962 de 240 018 contos e a despesa de 283 955 contos. E a conta mostra o saldo de 6063 contos. Mas na receita há 110 000 contos de empréstimos já mencionados e 15 371 contos de saldos de anos económicos findos.

Na despesa também se incluem, 26 204 contos para o povoamento agrário do vale do Bengo, 49 448 contos para o povoamento agrário da Cela, mais 9316 contos para a brigada de estudos das obras de engenharia no mesmo colonato.

Não se farão este ano comentários sobre o funcionamento da Junta. Apenas se deseja vincar a estranheza pela compra de tão elevado número de máquinas e o facto de se atribuírem por diversas rubricas verbas a mesma obra ou esquema.

Desejar-se-ia que se apurasse concretamente o custo das diversas empresas que transitaram para a Junta de Povoamento, nomeadamente o povoamento da Cela, o do vale do Bengo e outras.

Não seria difícil abrir uma conta para cada uma destas iniciativas onde se incluíssem todas as despesas, como povoamento, obras hidroagrícolas, instalação de colonos, atribuições de material e pessoal por verbas globais, e outras.

Poder-se-ia assim determinar o custo total da iniciativa, desde que não fossem esquecidas verbas gastas por outros departamentos da província por serviços prestados.

Só desta maneira- se poderá apreciar a despesa e dar uma opinião sobre a sua eficácia, depois de conhecer os resultados.

De outro modo o relator não pode emitir qualquer parecer a este respeito.

Pede-se ao Governo da província que determine o maior pormenor possível nos gastos financiados por empréstimos. O saldo das contas do ano económico de 1962 elevou-se a 342 943 contos (342 943 004$68).

A seguir indicam-se as verbas globais das receitas e despesas:

Contos

O excesso das receitas sobre as despesas ordinárias subiu para 360 118 contos, de 145 204 que fora em 1961, e a diferença para menos entre as receitas e despesas extraordinárias fixou-se em 17 175 contos.

O facto relevante da gerência de 1962 pode dizer-se que se filia na cobrança de receitas ordinárias, que ultrapassou largamente as previsões e foi muito superior à de 1961.

Nas receitas extraordinárias os empréstimos ocuparam uma posição de relevo, com 584 355 contos, em todo o caso muito menos do que em 1961. Outras receitas extraordinárias melhoraram bastante, como as do Fundo de Fomento de Angola. Nos números que seguem vê-se a estrutura da conta em 1962:

Contos

Receitas extraordinárias:

Receitas próprias do Fundo de Fomento consignadas

Contribuição do serviço autónomo de luz e água de

O recurso ao empréstimo foi alto. Já se aludiu anteriormente aos cuidados que é preciso tomar neste aspecto.

Saldos disponíveis O saldo disponível melhorou bastante. Angola, que possuíra saldos disponíveis avultados e os utilizou em larga escala no I Plano de Fomento, quase os esgotara ultimamente. Em 1962 a situação melhorou.

O saldo disponível subiu da 73 771 contos para 354 550 contos.

Este saldo obtém-se da forma que segue:

Contos

Parte não utilizada dos crédito abertos que

Contrapartida de créditos especiais abertos no