No primeiro caso, que inclui os serviços autónomos, o aumento em relação a 1961 elevou-se a 421 544 contos. No segundo caso, sem os serviços autónomos, o acréscimo reduz-se para 341 655.

Por outras palavras, o que acaba de se escrever significa que as despesas ordinárias subiram 341 655 contos e as dos serviços autónomos 79 889 contos.

A seguir indicam-se as despesas ordinárias privativas e as dos serviços autónomos com os aumentos sofridos durante o ano:

«Ver tabela na imagem» As despesas totais elevaram-se, porém, a 4 765 325 contos, pois que as extraordinárias se arredondaram em 899 409 contos. E assim as alterações nas despesas totais podem exprimir-se na forma que segue:

«Ver tabela na imagem»

Há um aumento de 421 544 contos nas despesas ordinárias (341 655 contos nas privativas e 79 889 contos nas dos serviços autónomos) e um aumento de 118 151 contos nas despesas extraordinárias.

Moçambique atingiu assim o mais alto nível de despesas, que se resume da forma seguinte:

«Ver tabela na imagem»

O acréscimo de 539 695 contos num ano, mais de meio milhão de contos, é uma soma muito apreciável, ainda que se considere que 79 889 contos pertencem aos serviços autónomos. É verdade que a receita também aumentou muito, para 4 985 483 contos, ou mais 610 005 contos do que em 1961. E, destes, 524 428 contos pertenceram às receitas ordinárias.

Tanto as receitas como as despesas têm aumentado continuamente desde o inicio da década anterior, como se nota no quadro que segue.

«Ver tabela na imagem»

Há grande irregularidade de ano para ano, com cifras, nas receitas, que descem a 40 751 contos e sobem a 444 539 contos. Outro tanto acontece nas despesas, com um máximo em 1962 e um mínimo em 1950.

O acréscimo numas e noutras foi muito pronunciado em 1962, como se verifica acima.

Aquelas receitas e despesas não incluem os serviços autónomos, e os resultados estão assim independentes de interferências estranhas, como o caso das receitas do caminho de ferro da Beira, já explicado em pareceres anteriores. Numa comparação entre os valores verifica-se serem ns receitas quase sempre superiores às despesas.

Angola e Moçambique Pode estabelecer-se um quadro comparativo da vida orçamental das duas grandes províncias de África:

«Ver tabela na imagem»

A comparação entre as duas províncias só é válida dentro de certos limites. A influência dos serviços autónomos em Moçambique transparece claramente, até em confronto com os de Angola, o que eleva as receitas totais daquela província para soma muito alta. As receitas e despesas ordinárias sem os serviços autónomos já têm melhor expressão e são mais altas em Moçambique em cerca de 274 572 contos nas receitas ordinárias e 381 958 contos nas despesas.