Os serviços autónomos de Angola têm receitas muito menores do quo os de Moçambique - menos 1 384 548 contos. Ainda quo só adicionassem aos serviços autónomos de Angola as receitas dos caminhos de ferro de Benguela e Amboim, as de Moçambique ainda as ultrapassariam largamente.
No que respeita às receitas e despesas extraordinárias, as verbas são bastantes próximas - na casa dos 900 000 contos quanto a receitas e na dos 800 000 contos quanto a despesas.
O exame do quadro seguinte mostra a evolução:
«Ver tabela na imagem»
É notável o desenvolvimento da despesa ordinária de Moçambique. Na base de 1938 igual a 100, o índice de 1962 atinge 1442. A seguir indicam-se os índices:
«Ver tabela na imagem»
Deve ter-se em conta que 1962 é influenciado pelas receitas do caminho de ferro da Beira, que se não contabilizavam anteriormente. Daí a grande subida no índice.
Deseja-se exprimir a percentagem de consumo dos diversos departamentos provinciais e determinar, tão aproximadamente quanto possível, o ritmo de desenvolvimento de cada serviço.
Há anomalias sérias nalguns deles, em que a despesa de 1938 se desenvolveu muito, como no caso dos de fomento. Mas é no orçamento destes serviços que se inscrevem as despesas de alguns serviços autónomos, que são volumosas, como já se observou acima. Este desenvolvimento perturba as percentagens na medida em que aqueles serviços se vão desenvolvendo.
O ideal seria obter as cifras dos serviços autónomos desde 1938 e subtraí-las das de fomento. Os resultados seriam mais elucidativos.
No quadro a seguir exprimem-se as percentagens:
«Ver tabela na imagem»