Transporte ...... 195 505
Saldos de exercícios findos ........ 177 650
Subsidio reembolsável .............. 22 000
Evolução das receitas extraordinárias
O saldo tem sido negativo nos últimos anos e é coberto por excessos de receitas ordinárias sobre idênticas despesas.
Mas nunca deve esquecer-se que o pagamento de despesas por força de empréstimos requer um mínimo de produtividade na sua aplicação. Os investimentos com esta origem devem ser encaminhados nesse sentido.
As despesas extraordinárias utilizavam-se em geral na construção e apetrechamento de portos e caminhos de ferro, como o de Lourenço Marques e o porto da Beira e ainda outros. A partir de 1953 as despesas extraordinárias quase sempre ultrapassaram os 400 000 contos, e nos últimos anos atingem cifras superiores a 700 000 contos. Nos primeiros anos dos planos de fomento os saldos de anos económicos findos concorriam em elevado grau para a formação das receitas necessárias. Mas com o seu esgotamento o recurso ao empréstimo tornou-se uma necessidade. E assim que nos últimos anos a província foi obrigada a contrair empréstimos ou aceitar subsídios reembolsáveis da metrópole por quantia da ordem de 1 milhão de contos que vieram acrescer a sua dívida.
Em 1962 as despesas extraordinárias já se aproximam de 900 000 contos (899 409 contos, o valor máximo até hoje. Para as liquidar houve o recurso ao empréstimo de 471 680 contos, que, com o subsídio reembolsável de 22 000 contos, faz subir o seu quantitativo para 493 680 contos, cerca de metade das despesas extraordinárias.
Houve, assim, a diferença de 32 574 contos que se obteve de excessos de receitas sobre despesas ordinárias.
A fim de compreender o mecanismo da distribuição das fontes de financiamento em relação com as despesas extraordinárias, publica-se a seguir um mapa que dá a origem das receitas extraordinárias e o seu destino.