Nos quatro anos gastaram-se 2 426 470 contos de dotações, que se elevaram a 2 674 915 contos. O saldo é, pois, de 888 446 contos.

Houve, deste modo, um aproveitamento de perto de 88 por cento nas dotações, o que é na verdade satisfatório, tendo em conta as condições locais e as somas investidas.

É verdade que as condições e gastos do plano se têm ajustado tanto quanto possível às circunstâncias. E estas podem variar de ano para ano.

As verbas resumem-se no quadro que segue:

Vê-se a progressão das verbas, anualmente, até atingir o máximo em 1962.

Ainda convém reunir as importâncias gastas por empresas ou obras:

Contos Nas comunicações, que ocupam um lugar de destaque, mais de metade do total, as verbas mais salientes são:

Contos

Caminhos de ferro de Moçambique ........... 244 780

A verba de caminhos de ferro, que é elevada, deve estar prestes a reduzir-se. No povoamento, o do Limpopo utilizou 365 493 contos, além de 49 144 contos na obra da rega, ao todo mais de 400 000 contos nos quatro anos. À obra deve estar pronta. Outras verbas no povoamento são 45 805 no Revuè e 33 272 contos na colonização com base no chá e tabaco. Nos aeroportos a soma de 195 953 contos serviu para tapar lacunas que existiam. Verbas reduzidas são as de electricidade e indústrias, com um total de 106 318 contos. Destes, 80491 contos referem-se ao estudo do aproveitamento hidroagrícola e hidroeléctrico do Zambeze, que parece ter encontrado possibilidades económicas muito grandes.

É pena que se não tenha dado atenção ao aproveitamento do rio dos Elefantes, na zona do Sul.

Utilização de empréstimos Viu-se que os empréstimos somaram 493 680 contos, assim distribuídos:

Contos

Os 22 000 contos de subsídio reembolsável foram ainda utilizados no porto da Beira, com os 28 000 contos para esse fim destinados em 1961. A eficiência deste porto tem melhorado muito.

No que respeita a empréstimos, a sua aplicação é indicada a seguir:

Contos

Estudos económicos com objectivos ligados ao Plano de Fomento ...................... 377

Fomento agrário, florestal e pecuário .... 25 465

Continuação das obras de rega do Limpopo . 1 454

Aproveitamento hidroagrícola do Revuè .... 2 708

Estudos hidroagrícolas e de povoamento do Revuè .... 6 648

Produção, transporte e grande distribuição de energia eléctrica ..................... 72

Aproveitamento hidroagrícola e hidroeléctrico do Zambeze ................................ 15 510

Povoamento baseado na cultura do chá ...... 4 008

Povoamento baseado na cultura do tabaco e outras ...... 7 340

Construção e apetrechamento de instalações escolares ..... 35 994

Construção e equipamento de instalações hospitalares ..... 37 637

Plano de Fomento:

Abastecimento de água de Quelimane (a) ..... 9 000

471 680

Construção de dois cais no porto da Beira (b) 22 000

(a) Empréstimo do Conselho do Câmbios.

(b) Subsídio reembolsável.

Examinando a lista das empresas e obras em que se utilizaram empréstimos, surgem dúvidas sobre o critério seguido em algumas, como diversas verbas relativas a estudos. Cabiam melhor nas despesas ordinárias, ou noutras formas de financiamento. Não há objecções a opor sobre as verbas relacionadas com a rega, mas outro tanto se não dirá sobre as volumosas cifras relativas a colonização, perto de 90 000 contos.