não decrescente. Eis o que se podo deduzir dos seguintes índices (cf. Elementos Preparatórios de Um Plano de Desenvolvimento Turístico para o Período de 1964-1968, ed. do Gabinete, de Estudos e Planeamento Turístico do S. N. J.): 1952, 4.4 noites: 1953, 3.4; 1954, 3.8; 1955, 3,5: 1956, 3.5: 1957, 3.6; 1958, 3.6; 1959, 3.4; 1960, 3,1; 1961. 3:2; 1962, 3.3.

Este comportamento, que, aliás, é comum a vários países, devido à maior utilização do automóvel, à maior proporção de viagens organizadas por agências (cerca de 50 por cento relativamente aos turistas de algumas nacionalidades) e à generalização do camping e do caravaning no turismo internacional, poderá ser contrariado em Portugal na medida em que aumente o número de visitantes escandinavos, alemães e ingleses.

Os elementos referidos devem, aliás, conjugar-se com um aspecto mais geral, que é o da duração média de estacionamento.

Ainda segundo a exposição do Subsecretário da Presidência do Conselho, a duração média da permanência de turistas, que em 1961 fora de 3.2 dias, passou, em 1962, para 3.3, crescendo 3,1 por cento, e cifrou-se no primeiro semestre de 1963 em 3,8 dias, subindo, relativamente a igual período de 1962, de 11,8 por cento.

Afirma-se que a permanência se relaciona com a distância que o turista terá de percorrer. Esta regra tem hoje a contrariá-la factores que já referimos, mas ainda assim as taxas de duração média em Portugal em 1961 parecem confirmá-la (cf. o Rapport d'Expertise citado): Espanha, 1,1 dias; França 3,5 dias; Alemanha, 4,6 dias; Reino Unido, 8.6 dias.

Mas qual o nível económico dos turistas que nos visitam?

As taxas de permanência poderão ser ainda aqui um índice. Outro residirá na categoria dos estabelecimentos hoteleiros utilizados.

Assim, em 1962 (cf. Anuário Estatístico respectivo) das 1 357 515 noites dormidas, 1 065 987 foram em hotéis e 291 528 em pensões. A distribuição nos hotéis foi a seguinte: 152 265 em hotéis de luxo; 588 790 em hotéis de 1.ª classe; 237 951 em hotéis de 2.ª classe; 86 981 em hotéis de 3.ª classe. No que respeita às pensões, 9364 dormidas foram assinaladas nas de luxo, 164 489 nas de 1.ª classe, 69 963 nas de 2.ª classe e 47 712 nas de 3.ª classe.

Terá interesse analisar o comportamento por nacionalidades. É esse o intuito do seguinte quadro relativo a 1960:

A receita média por turista subiu de 2370$ em 1961 para 3540$ em 1962, o que representa um acréscimo de quase 50 por cento.

Como se repartem regionalmente estes turistas?

Ainda aqui poderemos lançar mão das noites dormidas nos hotéis e pensões, reconhecendo, embora, a fragilidade do expediente, na medida em que se generaliza o camping ou formas similares.

Os vários distritos do continente e ilhas adjacentes acusaram, nos respectivos hotéis o pensões, o seguinte movimento no ano de 1962 (cf. Anuário Estatístico de 1962): Aveiro, 20 793 dormidas; Beja, 3907 dormidas; Draga, 13 683 dormidas; Bragança, 1 180 dormidas; Castelo Branco, 4895 dormidas; Coimbra. 56 379 dormidas; Évora, 4321 dormidas; Faro. 52828 dormidas; Guarda, 14 914 dormidas; Leiria, 43 960 dormidas; Lisboa, 825 026 dormidas; Portalegre, 5149 dormidas; Porto, 76 854 dormidas; Santarém. 12 965 dormidas; Setúbal, 36 736 dormidas; Viana do Castelo, 10773 dormidas; Vila Real, 2332 dormidas; Visem, 4096 dormidas) e pelos alemães (2276 dormidas).

A Nazaré situa-se a grande distância dos restantes centros (18 709 dormidas, das quais, aliás, 12 623 de franceses).

E como se distribuem os turistas no decorrer do ano?

Se recorrer-mos à estatística dos automóveis estrangeiros entrados no País verificamos que dos 64 816 veículos registados no decorrer de 1962 pertenceram ao mês de Agasto 14 258, ao mês de Julho 10 091 e ao mês de Setembro 7208.

Do mesmo modo, do 1 357 515 dormidas registadas nos hotéis e pensões 233 156 foram em Agosto, 167 709 em Setembro e 161 164 em Julho. Os meses de Inverno