aprendendo a conhecer-nos e a admirar-nos - que é o que mais importa.

Sobre este fundo de raras possibilidades projecta-se, porém, a espantosa indigência de facilidades para podermos montar, a sério, uma indústria turística compensadora. Dispomos já de alguns hotéis e pensões excelentes. Mas devem-se quase todos à pura iniciativa privada e alguns vivem completamente abandonados aos vaivéns da sorte. Precisamos de os multiplicar, de criar pousadas modernas e confortáveis, apetrechadas com todas as exigências que o turismo de hoje reclama, dando-lhes o necessário amparo oficial. Poucas são as estradas, os caminhos de ferro, não obstante o enorme esforço despendido nos últimos 30 anos, que dotou já a província de algumas das melhores rodovias africanas. Urge dar ao C. I. T. um impulso decisivo, orçamentando-o convenientemente, criando-lhe um quadro poderoso e eficiente de funcionários especializados, dando-lhe possibilidades materiais para abrir asas a todos os sonhos que por lá nascem, abrindo delegações de turismo em todas as cidades, vilas e centros de algum interesse, centros em que não se durma o sono livre, mas se trabalhe, em profundidade, em larga propaganda e em desvelado amparo a todos quantos nós visitam.

Decorreu, recentemente, na Beira, promovido pelo C. T. T., a primeira reunião provincial de turismo. O trabalho intenso que ele promoveu, o clamor geral de entusiasmo que despertou em Moçambique inteiro, o corpo de sugestões que as teses apresentadas puseram em pé, dizem-nos que chegou também a hora do turismo em Moçambique.

Importa criar, quanto antes, um Ministério do Turismo, que, coordenando de Lisboa todas as actividades deste importantíssimo sector, abra caminhos novos, impulsione todas as iniciativas, dando a cada parcela do império a importância e a autonomia que ela merece. Quando esse dia radioso chegar (e ele tem de raiar sem demora), estou certo do que Moçambique terá visto satisfeita uma das suas aspirações mais ardentes e mais antigas; e, no quadro do turismo nacional, ocupará, certamente, posição não só inconfundível, mas a primeira entre as primeiras.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão. A próxima sessão será na terça-feira, dia 3 de Março, tendo por ordem do dia a mesma da sessão de hoje.

Está encerrada a sessão.

Eram 17 horas e 30 minutos.

Srs. Deputados que entraram durante a sessão:

Alberto Ribeiro da Costa Guimarães.

Albino Soares Pinto dos Reis Júnior.

Alexandre Marques Lobato.

Artur Alves Moreira.

Francisco de Sales de Mascarenhas Loureiro.

João Nuno Pimenta Serras e Silva Pereira.

Joaquim José Nunes de Oliveira.

Joaquim de Sousa Birne.

Jorge Manuel Vítor Moita.

José Alberto de Carvalho.

José Dias de Araújo Correia.

José Guilherme de Melo e Castro.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Manuel Homem Albuquerque Ferreira.

Manuel de Melo Adrião.

Manuel Nunes Fernandes.

Olívio da Costa Carvalho.

Rui de Moura Ramos.

Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Alfredo Maria de Mesquita Guimarães Brito.

Antão Santos da Cunha.

António Burity da Silva.

António de Castro e Brito Meneses Soares.

António Tomás Prisónio Furtado.

Augusto César Cerqueira Gomes.

Augusto Duarte Henriques Simões.

Belchior Cardoso da Costa.

Carlos Monteiro do Amaral Neto.

Elísio de Oliveira Alves Pimenta.

Jacinto da Silva Medina.

Jorge Augusto Correia.

José Luís Vaz Nunes.

José Maria Rebelo Valente de Carvalho.

José Monteiro da Rocha Peixoto.

José Pinto Carneiro.

José dos Santos Bessa.

D. Maria Irene Leite da Costa.

Purxotoma Ramanata Quenin.

Ulisses Cruz de Aguiar Cortês.

Urgel Abílio Horta.

Voicunta Srinivassa Sinai Dempó.