de condições do recepção. Em 1000 as diárias indicadas pelos hotéis acusam um aumento de 32 por cento em relação no ano anterior, aumento que se vem acentuando nitidamente a partir de 1961, a que corresponde a abertura do aeroporto de Porto Santo em Agosto de 1960:

Diárias declaradas

pelos hotéis

Não possuo elementos seguros para calcular a taxa de ocupação dos hotéis da Madeira Se para 1963 incluirmos as 208 camas de residências particulares já em funcionamento, adicionando-se às 1446 de hotéis e pensões, obtemos uma taxa não muito baixa (37 por cento), que melhoraria se as referidas residências não funcionassem durante todo o ano. O turista de estada média - entre 15 dias e 1 mês - interessa mais que o de longa estada, o qual dá menos movimento nos hotéis e aos transportes.

Das diárias dos hotéis ressalta a irregularidade e relativa estagnação do movimento hoteleiro, que só melhorou nos últimos dois anos. nos quais se registaram aumentos de 20 e 32 por cento, respectivamente, em relação ao ano anterior.

Escapam as causas dessa irregularidade. É possível que a descida que vai de 1957 a 1960 corresponda à suspensão das carreiras da Aquila, o desastre da Artop e a suspensão definitiva das carreiras aéreas com hidroaviões. A abertura do aeroporto do Porto Santo e a entrada do navio Funchal em carreira, ambos em 1960, explicam as subidas a partir de então.

Tende a diminuir desde 1957, em que atingiu o máximo dos últimos doze anos, o número de passageiros desembarcados de navios, como se verifica no mapa a seguir:

Passageiros

Parece isto corresponder à tendência crescente para os turistas viajarem de avião:

Agosto tem sido o mês de ponta do tráfego aéreo, sobretudo pelo afluxo de franceses, seguido de Julho, Dezembro e Setembro, respectivamente.

Por outro lado, verifica-se aumento progressivo no número do passageiros em trânsito, pela via marítima, nos últimos cinco anos. o que salienta a importância que tem de dar-se ao turismo de passagem:

em trânsito

Manteve-se de 1962 para 1963 quase estacionário o movimento de entradas de navios no porto, mas vinha lentamente subindo desde 1957 (713 navios), atingindo 1016 em 1963.

O porto, cuja 3.ª fase esperamos ver efectivada, permitirá, com a sua instalação de óleos à navegação, uma campanha de propaganda junto das companhias de navegação estrangeiras para que o Funchal volte a ser lugar de escala para algumas carreiras permanentes e para excursões e cruzeiros de turismo. Para isso, interessa completar o apetrechamento do porto e seguir uma política portuária que facilite e torne econòmicamente favorável, em relação a outros portos, a acostagem de navios. Embora cada vez mais os turistas prefiram o avião ao navio, há ainda milhões de turistas, sobretudo ingleses, que não viajam de avião.

As principais nacionalidades a que pertencem os turistas vindos à Madeira são:

Os Suecos, que constituem o grupo mais recente, ocupam os estabelecimentos hoteleiros mais modestos. Viajam quase na totalidade de avião, seguidos de perto pelos Franceses e pelos Alemães. Os Americanos utilizam em cerca de 30 a 40 por cento a via marítima e os Ingleses usam-na ainda duas vezes mais do que a aérea, tendência que vem a diminuir. Com efeito, em 1961 foi de 7 por cento o número de turistas ingleses que vieram de avião, 22 por cento em 1962 e 30 por cento em 1963.

Os Ingleses, que predominavam em absoluto no turismo da Madeira, representaram em 1963 apenas 41 por cento do total, em virtude do aumento dos outros contingentes, sobretudo dos Franceses e Suecos. São os de maior estada, e considerando a influência das 1400 agências de viagem britânicas e que 85 por cento dos Ingleses viajam através delas, é de aconselhar que se intensifique a propaganda junto das mesmas, sobretudo em relação aos meses de Maio e Novembro, os de menor ocupação hoteleira.

A soma de passageiros (nacionais e estrangeiros) desembarcados por via aérea e marítima pode dar-nos uma ideia da evolução do tráfego em conjunto: