dades energéticas do País até ao fim de 1966, mas como o consumo está sempre a crescer é necessário ampliar progressivamente o sistema produtor e no próximo período de 1965-1970 essa ampliação deverá cobrir os contingentes anuais que o estudo das tendências de crescimento dos consumos aconselha a prever.

Como resultado desse estudo indicamos no quadro I as necessidades do produção total da rede interligada para cobrir sem restrições os consumos permanentes e permitir o abastecimento dos consumos máximos não permanentes durante nove meses por ano.

Evolução provável das necessidades de produção

1972 ....

Mas pelos estudos realizados verifica-se que para os novos rumos que se divisam posteriormente a 1966 a energia hidráulica excedente em anos médios para a indiístria de adubos químicos, siderurgia e outros consumos não permanentes irá diminuindo sucessivamente, podendo descer para menos de seis meses em 1968. de quatro meses e meio em 1969 e de cinco meses no ano de 1971.

Se não arrancarem as obras de novas fontes produtoras, além das indicadas como prioritárias no projecto do Plano, poderemos ter restrições de electricidade já em 1969.

No domínio dos recursos energéticos nacionais admite-se que os jazigos de antracites durienses possam vir a garantir uma produção de energia eléctrica da ordem dos 400 G Wh/ano durante 50 anos. Discute-se a provável utilização das lignites de rio Maior numa central à boca da mina. Avalia-se a produtibilidade média dos recursos hidroeléctricos metropolitanos em cerca de 15 000 G Wh.

O volume energético global das reservas metropolitanas de urânio sem reciclagem é também estimado na ordem de grandeza dos 130 000 G Wh a 370 000 G Wh, conforme o tipo de reactor utilizado: urânio natural-gás-grafite ou urânio natural-água pesada.

Sobre as reservas dos petróleos de Angola ainda se conhece muito pouco para sobre elas se poder basear uma política de energia. As reservas certas no melhor jazigo conhecido, o de Tobias, são avaliadas em 5 000 000 t, o que, ao ritmo de extracção actual (l 000 000 t por ano), conduz ao esgotamento num reduzido número de anos. Em Angola continuam a fazer-se prospecções e depositam-se boas esperanças na estrutura de Puaça e, de um modo geral, na bacia do Cuanza.

No quadro IV indicamos as várias centrais apresentadas no projecto do Plano para satisfazer o crescimento dos consumos.

Programa de construções apresentado no Plano

Carregado ....

Carregado ....

Carrapatacho (com eclusa) ....

Vilharinho das Furnas ....

Fratel ....

Valeira ....

Dos aproveitamentos a realizar no triénio de 1965-1967 o projecto do Plano apenas inscreve os montantes a investir ou nas obras em execução ou naquelas cuja construção se inicia desde já. As outras que à data da preparação do Plano Intercalar não tinham ainda, os concursos autorizados ou estudos prontos ficaram para a próxima decisão.

A garantia, da continuidade do abastecimento dos consumos de electricidade no período seguinte ao triénio de 1965 - 1967 exige o início de construção de alguns deste centros produtores referidos já no decurso do Plano Intercalar, porque o estudo e construção das centrais é demorado, necessitando de prazos da ordem dos três a quatro anos para as térmicas clássicas, quatro a cinco anos para as hidroeléctricas, sete a nove anos para um primeiro grupo termonuclear e cinco a seis anos para os seguintes grupos desta nova modalidade de produção. Isto mostra, como muito bem o evidencia a Câmara Corporativa no seu parecer, a necessidade de arrancar com obras de novos centros produtores, além dos considerados prioritários, ainda no decurso do Plano Intercalar.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Dos aproveitamentos inscritos no programa de construções deste Plano revelam-se aconselha-