Será prioridade fazer com que os caminhos de ferro do Sul ofereçam as mesmas condições de segurança, comodidade e velocidade que há muito tempo se desfruta nas linhas do Norte e transferir a estação término do Barreiro para o topo sul da ponto, enquanto as condições não permitirem que seja atravessada pela linha férrea, fazendo a ligação directa por caminho de ferro com o Norte. Será prioridade construir uma ligação com a Andaluzia por uma ponte, como o Minho tem, desde há muito tempo, com a Galiza, sabendo que por ali virão muitos milhares dos milhões" de turistas que percorrem o Sul de Espanha, com Gibraltar e Norte de África, para se espalharem por todo o território.

Toda esta série de realizações de que o Algarve necessita, com alto proveito para o País, são simples actos de justiça para que esta província se integre no surto de benefícios de que o resto do País goza desde há muito.

O único acto que se pode atribuir ao Governo do assinalada acção prioritária para o Algarve foi o referente à decisão de mandar elaborar o plano regional de urbanização para o seu desenvolvimento turístico.

Aias quem há que possa fundamentadamente pôr em causa essa decisão, que, sendo regional, tem efectivas repercussões na marcha do turismo nacional? Poderia o Governo deixar desenvolver in disciplinadamente uma actividade desta natureza e projecção num local onde foi encontrada a sua mais aliciante e prometedora matéria-prima, com perigo para o sucesso dos empreendimentos que para ali voluntariamente se dirigiram, sobretudo no momento em que o País necessita de mobilizar toda a sua potencialidade económico-financeiras, que ali tem uma fluente fonte de recurso?

O turismo, na presente conjectura, é o instrumento mais prometedor para estimular o desenvolvimento económico, pela movimentação que proporcionará a todos os seus sectores e para reforçar o poder financeiro com uma entrada substancial de divisas. Factos que se creditam para levar por diante o alto pensamento político anunciado no Plano de Fomento de coordenação das exigências da defesa com o prosseguimento da expansão e enraizamento da economia.

Não tememos contra a maré, que, no caso, é reinar contra o interesse nacional e contra os próprios interesses regionais e locais, que não podem ser esquecidos na estratégia da planificação turística nacional, que tem no Algarve, inquestionavelmente, o seu mais firme ponto de apoio, mas não nos esqueçamos dos ensinamentos da táctica que manda actuar de preferência nos locais c pelos caminhos que mais facilmente conduzem à vitória.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão.

O debato continua amanhã com a mesma ordem do dia.

Está encerrada a sessão.

Eram 19 horas e 10 minutos.

Srs. Deputados que entraram durante a sessão:

Albino Soares Pinto dos Reis Júnior.

Aníbal Rodrigues Dias Correia.

António Augusto Gonçalves Rodrigues.

António de Castro e Brito Meneses Soares.

António Marques Fernandes.

António Martins da Cruz.

Armando Cândido de Medeiros.

Armando Francisco Coelho Sampaio.

Augusto José Machado.

Délio de Castro Cardoso Santarém.

Ernesto de Araújo Lacei da e Costa.

Francisco António da Silva.

Henrique dos Santos Tenreiro.

Joaquim de Sousa Birne.

Jorge Manuel Vítor Moita.

José Dias de Araújo Correia.

José Maria Rebelo Valente de Carvalho.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Júlio Dias das Neves.

Manuel Herculano Chorão de Carvalho.

Manuel Nunes Fernandes..

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Beis.

Rogério Vargas Moniz.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Alberto Pacheco Jorge.

Alberto da Rocha Cardoso de Matos.

Alexandre Marques Lobato.

Alfredo Maria de Mesquita Guimarães Brito.

António Burity da Silva.

António Júlio de Carvalho Antunes de Lemos.

António da Purificação Vasconcelos Baptista Felgueiras.

António Tomás Prisónio Furtado.

Augusto César Cerqueira Gomes.

Augusto Duarte Henriques Simões.

Belchior Cardoso da Costa.

Elísio de Oliveira Alves Pimenta.

Jacinto da Silva Medina.

João Nuno Pimenta Serras e Silva Pereira.

José Guilherme de Melo e Castro.

José Pinheiro da Silva.

José dos Santos Bessa.

Manuel João Correia.

Manuel Lopes de Almeida.

Purxotoma Bamanata Quenin.

Urgel Abílio Horta.

Vítor Manuel Dias Barros.

Voicunta Srinivassa Sinai Dempó.