O Orador: - ... hoje sob a influência de grandes necessidades, bem como o valor da praia de Mira, privilegiada zona onde o mar e o campo se casam, produzindo beleza sem fim e oferecendo perspectivas que cumpre saber aproveitar a bem do turismo nacional.

E claro que não poderá esquecer-se também todo o muito valor turístico dos concelhos do interior do distrito, onde não minguam as razões de uma visita ou de uma passagem.

Vozes: Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente e Srs. Deputados: Graças a compreensão manifestada pelo Sr. Ministro da Economia, a cujo devotamento, a que. presto a mais calorosa homenagem, Coimbra e o seu distrito já devem o processamento de uma industrialização que deverá atingir em breve o investimento de mais de 2 milhões de contos, poderemos vencer um temível escolho e dar um decidido passo em frente.

Mas isso não basta!.

O Sr. Nunes Barata: - V. Ex.ª dá-me licença.?

O Orador: - Faz favor.

O Sr. Nunes Barata: - Era para apoiar as palavras de V. Ex.ª se para trazer ao conhecimento da Câmara que, no espaço de um ano, no distrito de Coimbra se considerou a instalação da indústria, cujo montante de investimento deve orçar por 2.300 000 contos. À dedicação do Sr. Ministro da Economia, Prof. Teixeira Pinto, deve o distrito de Coimbra grande parte do surto de industrialização que está a conhecer.

E, pois, justíssima uma palavra de homenagem e gratidão ao Prof. Teixeira Pinto.

O Orador: - Agradeço muito a V. Ex.ª o valioso apoio que acaba de me dar, e tenho muito gosto em aqui deixar essa palavra de agradecimento.

Torna-se necessário que os outros departamentos do Estado não neguem a sua alta compreensão ao estudo e solução dos nossos complexos problemas.

Mas também se torna indispensável que aos municípios - a todos os municípios deste país - seja dada a estrutura financeira de que carecem já que lhes pertence, e sempre pertencerá, um importante papel no desenvolvimento da vida local ao. serviço do engrandecimento nacional.

Pelo que concerne ao turismo, ouvimos ao Sr. Subsecretário de Estado da Presidência do Conselho a promessa solene do seu valioso interesse pelos muitos problemas que ouviu referir.

Aprazou-se uma nova reunião já com soluções esboçadas para os problemas equacionados. Atendendo à posição deste ilustre governante, que nos habituámos a admirar e a considerar por suas virtudes na sua permanência nesta Câmara, esperamos confiadamente que a jornada do último sábado marcará um definitivo arranque na valorização do distrito de Coimbra.

E nesta serena confiança que eu, Sr. Presidente e Srs. Deputados, fazendo-me eco dos anseios e das legítimas esperanças das gentes do meu distrito, ao agradecer ao Sr. Subsecretário de Estado da Presidência do Conselho a honra da sua visita para presidir a uma sessão de trabalhos da nossa comunidade distrital, agradeço a Salazar e ao Governo da Nação o interesse que nos foi manifestado e asseguro que há uma sincera vontade e a mais leal e efectiva determinação de trabalharmos cada vez com mais afinco pelo progresso e engrandecimento do distrito de Coimbra, com os olhos fitos no próprio engrandecimento de Portugal. Disse.

Vozes: -Muito bem. muito bem! O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente:. - Vai passar-se à

O Sr. Presidente: - Como anunciei na sessão anterior, a ordem do dia de hoje é constituída por duas matérias: apreciação da última redacção da proposta de lei relativa ao Plano Intercalar de Fomento e discussão na generalidade da proposta de lei sobre autorização das receitas e despesas para 1965.

Vou pôr primeiramente em reclamação o texto da Comissão de Legislação e Redacção sobre o Plano Intercalar de Fomento para 1965-1967.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Como não se produziu qualquer reclamação, considero aprovado o referido texto.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Vai passar-se à segunda parte da ordem do dia. Tem a palavra o Sr. Deputado Costa Guimarães.

O Sr. Gosta Guimarães: - Sr. Presidente e Srs. Deputados: As considerações que decidi formular em apreciação à proposta de lei de autorização de receitas e despesas para 1965 poderiam ser substituídas pela declaração singela de que dou o meu voto confiante a essa proposta de lei.

Missão profundamente grata, na abertura das minhas considerações, é a de aqui deixar viva expressão do quanto nos impressiona a forma notável como são alinhados os elementos fundamentais sobre a evolução da produção e da procura, nos últimos anos e na primeira metade de 1964. reconhecendo-se como dessa evolução se parte para a segurança da estabilidade financeira interna, aspecto destacado de tão alto prestígio internacional, com benéfico resultado no mercado monetário, na actividade financeira do Estado e no comportamento das relações económicas externas.

O momento grave que o País atravessa, mas que o pulso firme, de portuguesismo indefectível e inabalável, do chefe prestigioso e respeitado que superiormente conduz a vida da Nação soube dominar de forma decidida e incomparável, levou o Governo, na proposta de lei em apreciação, a dar prioridade aos encargos com a defesa nacional, nomeadamente aos que se consagram à preservação da integridade do nosso património.

Não se sacrificam, porém, com essa máxima, as exigências vitais para o normal prosseguimento do surto de desenvolvimento em que não podemos deixar de nos empenhar.

E porque a proposta de lei cuja apreciação nos ocupa se encastra nas virtualidades de expansão que se anunciam com a execução do Plano Intercalar para o triénio de 1965-1967, logicamente se nos sugere um conjunto de considerações que, contemplando uma análise de problemática económica retrospectiva, nos levam a alguns comentários quanto à incidência do futuro.