Belchior Cardoso da Costa.

Carlos Alves.

Carlos Monteiro do Amaral Neto.

D. Custódia Lopes.

Elisio de Oliveira Alves Pimenta.

Ernesto de Araújo Lacerda e Costa.

Fernando Cid Oliveira Proença.

Francisco António Martins.

Francisco António da Silva.

Francisco de Sales de Mascarenhas Loureiro.

João Mendes da Costa Amaral.

João Ubach Chaves.

Joaquim de Jesus Santos.

Joaquim José Nunes de Oliveira.

José Alberto de Carvalho.

José Augusto Brilhante de Paiva.

José Dias de Araújo Correia.

José Fernando Nunes Barata.

José Luís Vaz Nunes.

José Manuel da Costa.

José Manuel Pires.

José Monteiro da Rocha Peixoto.

José Pinheiro da Silva.

José Soares da Fonseca.

Júlio Dias das Neves.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís Folhadela de Oliveira.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Homem Albuquerque Ferreira.

Manuel João Correia.

Manuel João Cutileiro Ferreira.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Mário Amaro Salgueiro dos Santos Galo.

Mário de Figueiredo.

Olívio da Costa Carvalho.

Quirino dos Santos Mealha.

Sebastião Garcia Ramires.

Simelo Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães.

Virgílio David Pereira e Cruz.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 67 Srs. Deputados. Está aberta a sessão.

Eram 11 horas e 15 minutos.

Leu-se conta do seguinte

De Clemente Gameiro, a apoiar as afirmações do Sr. Deputado Amaral Neto sobre a indústria de malhas.

Várias, a aplaudir as considerações do Sr. Deputado Ubach Chaves sobre o condicionamento da indústria de lanifícios e à discordar rias afirmações do Sr. Deputado Amavaro Neto sobre o mesmo assunto.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Nunes Barata.

O Sr. Nunes Barata: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: No passado domingo o concelho de Pampilhosa da Serra esteve em festa.

O povo veio para as ruas exteriorizar o seu contentamento, nas igrejas elevaram-se cânticos de acção de graças e na própria domus municipalis, com a possível solenidade que ás pessoas simples podem emprestar às horas de consagração, ouviram-se palavras de felicitação e de esperança.

Qual o motivo de toda esta alegria?

Um filho do concelho -o Sr. D. Eurico Dias Nogueira- fora elevado à dignidade d" bispo da Igreja de Deus.

Neste chamamento vimos nós, os do povo da serra, uma justa consagração aquém, por suas elevadas virtudes, sempre se distinguiu entre os primeiros.

A Igreja Católica chama, assim, a novas responsabilidades quem, desde sempre, pelo testemunho da sua vida, nos aparecia como predestinado a mais altos caminhos.

Mas esta feliz ocorrência ganhou um sentido mais eloquente com a designação do Sr. D. Eurico Dias Nogueira para bispo de Vila Cabral.

A dedicação votada pelo antigo escolar das Universidades Gregoriana e de Coimbra, pelo querido assistente eclesiástico do C. A. D. C., pelo professor e publicista insigne à causa missionária, renova-se agora neste acto de confiança. O (Sr. D. Eurico tem a felicidade de poder dar realização àquelas palavras que o imortal Pio XII escreveu na carta encíclica Sacculo Excunto Octavo:

O missionário abre os lábios para falar com sabedoria e competência do Reino de Deus, e estende as mãos, convenientemente preparadas e movidas da . caridade cristã, para aliviar os corpos das doenças e das misérias que os afligem.

O concelho de Pampilhosa da Serra, que tantos filhos tem dado ao ultramar português, reafirma-se agora em alguém, que, simultaneamente ao serviço da Igreja Católica e ao serviço da terra portuguesa de Moçambique, vai realizar uma missão que o povo simples e bom também reivindica como sua.

Este povo sabe que Pio XII lhe fez justiça quando afirmou constituir "uma glória de Portugal o ter sempre associado à fortuna da metrópole os povos das terras ultramarinas, procurando elevá-los ao mesmo nível da civilização cristã".

Por isso a sua alegria de domingo me pareceu confundir-se no esplendor das "incomparáveis glórias missionárias" dos Portugueses, glórias que dimanam "daquela ar dente fé do povo lusitano e da sabedoria cristã dos seus governantes, que fizeram de Portugal um dócil e precioso instrumento nas mãos da Providência, para a realização de obras tão valiosas e tão benéficas".

Mas, Sr. Presidente, se me é grato transmitir a este Câmara a notícia das horas de júbilo vividas pelo povo de que faço parte, constitui igualmente meu dever ser intérprete das suas angústias e necessidades.

E singular o destino destas terras, esquecidas do Governo da Nação, que ofertam generosamente à Pátria única riqueza de que dispõem: os seus próprios filhos E triste a falta de sensibilidade dos governantes, que poderiam meditar nestas palavras, que são igualmente d grande Pio XII:

... Deixando as regiões onde domina uma vid austera, afluem constantemente à cidade homer cheios de saúde e de ardor, ricos de experiência d