Armando Cândido de Medeiros.

Artur Águedo de Oliveira.

Artur Alves Moreira.

Augusto César Cerqueira Gomes.

Augusto José Machado.

Belchior Cardoso da Costa.

Carlos Alves.

Carlos Monteiro do Amaral Neto.

Délio de Castro Cardoso Santarém.

Elísio de Oliveira Alves Pimenta.

Ernesto de Araújo Lacerda e Costa.

Fernando Cid Oliveira Proença.

Francisco António Martins.

Francisco António da Silva.

Francisco José Lopes Roseira.

Francisco Lopes Vasques.

Francisco de Sales de Mascarenhas Loureiro.

Jacinto da Silva Medina.

João Mendes da Costa Amaral.

João Nuno Pimenta Serras e Silva Pereira.

João Ubach Chaves.

Joaquim de Jesus Santos.

Joaquim José Nunes de Oliveira.

Joaquim de Sousa Birne.

Jorge do Melo Gamboa de Vasconcelos.

José Alberto de Carvalho.

José Augusto Brilhante de Paiva.

José Fernando Nunes Barata.

José Luís Vaia Nunes.

José Manuel da Costa.

José Manuel Pires.

José Maria Rebelo Valente de Carvalho.

José de Mira Nunes Mexia.

José Monteiro da Rocha Peixoto.

José Pinheiro da Silva.

José Pinto Carneiro.

José dos Santos Bessa.

José Soares da Fonseca.

Júlio Dias das Neves.

Luís Folhadela de Oliveira.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Homem Albuquerque Ferreira.

Manuel João Correia.

Manuel João Cutileiro Ferreira.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

D. Maria Irene Leite da Costa.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário Amaro Salgueiro dos Santos Galo.

Mário de Figueiredo.

Olívio da Costa Carvalho.

Paulo Cancella de Abreu.

Quirino dos Santos Mealha.

Rui de Moura Ramos.

Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães.

Virgílio David Pereira e Cruz.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 80 Srs. Deputados.

Está abertas a sessão.

Deu-se conta do seguinte

Da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho a apoiar a intervenção do Sr. Deputado Santos Bessa em defesa dos campos- do Mondego.

A aplaudir a intervenção do Sr. Deputado Mário Galo sobre a situação do funcionalismo.

A apoiar as palavras do Sr. Deputado Ubach Chaves sobre a indústria de lanifícios.

O Sr. Presidente: - Estão na Mesa elementos fornecidos pela Secretaria de Estado da Agricultura em resposta ao requerimento do Sr. Deputado Cutileiro Ferreira apresentado na sessão de 19 de Novembro último. Vão ser entregues a àquele Sr. Deputado.

Estão ainda na Mesa elementos fornecidos pela Secretaria de Estado da Indústria a pedido do Sr. Deputado Moura Ramos, por requerimento apresentado na sessão de 19 de Março último. Vão ser entregues àquele Sr. Deputado.

Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado Cid Proença. Convido o Sr. Deputado Cid Proença a subir à tribuna.

O Sr. Cid Proença: -Sr. Presidente: Faz agora três anos, que é muito tempo para quem não conta por vida os tempos do cativeiro.

Lembram a data, lastimosos, os portugueses da índia, e não a esquece decerto o complexo de culpa do seu algoz, agora refinado em malícia e tirania, talvez porque a vítima seja temível, assim defraudada e exangue, a patentear o desengano das grandes promessas fementidas.

Nós, todos nós, ainda que o quiséramos, não teríamos podido arrancar também das nossas recordações a agonia daquele 18 de Dezembro em que desabou sobre as pacíficas comunidades de Goa, de Damão e de Diu a demonstração eficaz de como se desenvolvem os argumentos dos pregadores encartados da II ao violência.

Vozes: -Muito bem!

O Orador: - Nesse dia, pela bruta força, sem lei e «sem carta», pretendeu baldadamente fazer história um Estado que a não tem ... Submergindo quatro palmos de terra alheia. Acorrentando e empobrecendo gente mais livre e menos pobre do que os seus carcereiros.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Bem fraca seria, no entanto, a razão para nos determos a reviver este passado próximo, se nos movesse o sobressalto de orgulho ferido, que se entende nos humanos mas não os enobrece, ou a piedosa tenção de aligeirar o desgosto com aduzir de novo a perfídia que o originou.

Rememorar os acontecimentos revoltantes e inglórios de Dezembro de 1961 significa em primeiro lugar que subsiste em nós a vontade de afirmar sempre e sobranceiro um direito que não prescreve.

Eram 16 horas e 15 minutos.

Muito bem!