no. Os depósitos de caulino desenvolvem-se, como é geologicamente coerente, ao longo da faixa litoral, estando dispersas pelos distritos de Viana do Custeio, Porto, Coimbra. Leiria e Setúbal as 30 concessões actualmente adjudicadas.
Das 30 só 7 estão activas.
A actividade caulínica mantém para o futuro possibilidades de expansão, mas tem que afirmar-se mais na saída para o mercado externo.
Os jazigos de Matosinhos, de bom potencial, a curta distância do «embarque» para a exportação e da actividade fabril para o consumo interno, têm constituído de longe a melhor realidade produtora e exportadora de caulinos do País e poderiam ser penhor confiante de futura expansão da indústria. A sua lavra está, no entanto, seriamente restringida pela recente construção, em plena jazida [...], de volumoso conjunto de instalações militares; e, como se tal não bastasse, aprovou ultimamente a Câmara de Matosinhos um plano de urbanização desenrolado sobre a mesma jazida, que, a ser realizado, mais severamente ainda impõe a restrição.
Factos altamente tristes, que revelam, pelo menos, profunda desconexão planeadora, inteiramente censurável e mesmo condenável, perante o apreço que a todos deve merecer a economia da Nação.
Vozes: - Muito bem!
rísticas e qualidades- uma generalização de aplicações que as impõe como produto altamente requestado pela indústria: como material de filtragem, como adjuvante em produtos asfálticos, nas borrachas, no papel, nos plásticos, nos explosivos; para isolamentos contra o som e o calor na construção civil e em fornos; como abrasivo suave, em sabões, polimento de metais, vernizes, etc.
O Mundo produz por ano 1 500 000 t de diatomites: o consumo evolui favoravelmente e o preço mantém sólida estabilidade.
A Europa produz cerca de 500 000 t anuais, mas importa copiosamente de vários países e, em escala considerável, dos Estados Unidos.
São principais importadores na Europa a Inglaterra, a Alemanha Ocidental, a Bélgica, a França, a Holanda e a Itália.
No País há trípoli em jazida de grande potencial e de condicionamento favorável para entrar na competição externa: campo aberto à ponderação e ao acerto técnico e financeiro de uma iniciativa que se queira firmar.
Sal-gema. -15 concessões, várias esperanças, uma realidade. A realidade é a exploração dos jazigos de Matacães, em Torres Vedras, iniciada em 1957, e que hoje produz directamente para a indústria química 80 000 t anuais, com o valor de 8000 contos.
As salinas, produzem de 300 000 t o 330 000 t de sal comum por ano.
O consumo do País, é da ordem anual das 400 000 t, das quais 80 000 t no consumo doméstico e o restante na indústria química. A produção interna quase que nos basta nos anos normais de safra salineira, e algum que é necessário adquirir vem de Cabo Verde. A exportação de sal é também bastante limitada.
O consumo da indústria química está em expansão crescente, mas qualquer empreendimento volumoso dos nossos jazigos de sal-gema tem de firmar o êxito principalmente na absorção do mercado externo, que dispõe de capacidade.
Alguns são os depósitos de sal-gema evidenciados pelas pesquisas de petróleo da metrópole, pesquisas, aliás, diga-se de passagem, até agora infelizmente infrutíferas quanto àquele precioso líquido, e, recentemente, um furo de sonda posto com fim exclusivo de tentativa de descoberta de água não encontrou água, mas encontrou, desta forma, de maneira puramente casual, um jazigo que, na continuação do mesmo furo, se revelou com a fenomenal espessura de 300 m de sal-gema. Afirmam os detentores que, por trabalhos posteriores, o potencial se definiu da grandeza espectacular do bilião de toneladas.
O jazigo está na região de Loulé, a 14 km do porto de Faro, portanto esplendidamente situado para a exportação, pelo reduzido preço de transporte até ao embarque, condição essencial para poder competir no mercado externo. Na Europa- todos os países do Norte importam sal: a Inglaterra, a Suécia, a Noruega- e a Finlândia. O Japão é comprador anual de 4 milhões de toneladas e a nossa vizinha Espanha envia para lá boa parte. A costa atlântica da, América do Norte importa 2 milhões de toneladas por ano.
O depósito de Loulé afigura-se, assim, a melhor promessa de futuro imediato ao incremento da extracção de sal-gema no País. A iniciativa está em marcha. A empresa toma sobre si a construção de cais acostável próprio junto ao porto.
As obras do porto de Faro, em execução pelo Ministério das Obras Públicas, estão quase concluídas, mas f alta ainda a dragagem do canal de acesso da barra ao porto. O Plano Intercalar de Fomento considerou esses trabalhos, atribuindo-lhes a verba de 10 100 contos.