No caso das alfândegas, a determinação das cifra é influenciada por verbas que, em boa hermenêutica se pode dizer lhes serem alheias, como se nota nas despesas seguintes:

As restituições foram de menor valia e por si só justificam a diminuição total 27 979 contos, em 1962, e 20 830 contos, em 1963, menos 7149 contos. Como todo o decréscimo se arredonda em 4857 contos, a diferença distribui-se pelos restantes serviços ou pagamentos, como a que diz respeito aos distritos autónomos, que subiram de 15 860 contos para 17 408 contos.

Segundo informação que chega ao relator das contas, há dificuldades de pessoal nestes serviços. Mais cedo ou mais tarde a verba de pessoal terá de ser refundida com possível aumento.

A diminuição notada nos serviços técnicos-aduaneiros é justificada pela menor valia das restituições.

Nas alfândegas a verba de pessoal manteve-se na casa dos 41 000 contos, exactamente 41 636. Não houve alterações sensíveis nos últimos anos, como se nota a seguir:

Em 1959 a verba de pessoal fora maior.

Casa da Moeda Não teve significado a diminuição de 1625 contos neste departamento, porquanto, como se nota a seguir, houve um decréscimo de 2004 contos na despesa com material:

A verba relacionada com matérias e produtos acabados e semiacabados, inerentes ao funcionamento desta instituição, varia de ano para ano. De facto, em 1963, deu-se neles uma diminuição de 2004 contos.

As verbas de pessoal e diversos encargos aumentaram, embora por quantias pequenas.

Outras dependências do Ministério Convém ainda fazer referência a outras despesas do Ministério englobadas no quadro seguinte:

Como se nota no quadro, apenas subiram as verbas do Instituto Geográfico e do abono de família para perto de 22 000 contos. As outras despesas acusam diminuição.

O Instituto Geográfico e Cadastral utiliza, além da dotação mencionada por força da despesa ordinária, uma dotação extraordinária que quase todos os anos se fixa em cerca de 24 000 a 25 000 contos (24 770 contos em 1963).

Dada a importância que o cadastro tem na vida económica e até fiscal, e da morosidade com que se procede à sua elaboração, seria de interesse estudar este assunto de modo a poder dispor-se de elementos actualizados tanto topográficos como cadastrais. Talvez que a introdução de métodos mais expeditos abreviasse os levantamentos e a execução de uma empresa essencial por muitos títulos.

Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência A actividade desta instituição ao longo do exercício de 1963 reflectiu-se em grau apreciável, como habitualmente, na evolução do sector monetário e creditício, dado o elevado volume dos seus depósitos e a sua distribuição de crédito.

Embora não se disponha de apuramento definitivo do produto nacional para o ano findo, os indicadores publicados permitem deduzir que a criação de novos meios monetários se processou num nível superior ao do crescimento do produto nacional.

Para este excesso de liquidez do sistema económico contribuiu em mais larga escala a expansão do crédito bancário do que o resultado da balança de pagamentos, de novo altamente positivo, se bem que inferior em cerca de um terço ao do ano precedente.

Prosseguiu a intensificação das operações de desconto nos bancos comerciais, corrigindo-se deste modo parte das limitações do mercado financeiro. Com este objectivo concorreram também as operações do sector público, não só no mercado interno como e m praças externas.

Continuou a registar-se preferência pelos investimentos em valores imobiliários em relação às aplicações em títulos, não obstante o progresso acentuada nas emissões de capital de novas sociedades.