No quadro seguinte pode apreciar-se a evolução do crédito distribuído no último triénio pelos diferentes agrupamentos de instituições.

Apenas o crédito distribuído pelos bancos comerciais aumentou sensivelmente, denotando uma grande capacidade de financiamento que necessita de ser convenientemente condicionada, de modo a contribuir em maior grau para se acelerar o crescimento económico do País. De contrário os termos de inflação estarão postos de forma que poderá ser perigosa.

As contas

Serviços privativos O total do balanço da Caixa Geral de Depósitos situava-se, em 31 de Dezembro de 1963, em 15 934 000 contos, com um aumento de 5,9 por cento relativamente a igual dia do ano anterior.

Durante o exercício as disponibilidades foram reforçadas em 110 000 contos, tendo-se alterado a sua composição, sobretudo devido à crescente participação das promissórias de fomento nacional. No fim de 1963 o conjunto dos depósitos representava 85,3 por cento do total do balanço, elevando-se a 18 595 000 contos. O acréscimo durante o exercício foi de 706 000 contos, o que corresponde a taxa de crescimento de 5,5 por cento.

A discriminação dos depósitos, por rubricas, em 1962 e 1963 revela que se registaram progressos em quase todos os agrupamentos.

Observa-se, todavia, ligeiro decréscimo dos depósitos a prazo, o que, perante a tendência para a sua forte ascensão na maior parte dos estabelecimentos de crédito, permite concluir que as suas condições não são na Caixa suficientemente atractivas. Embora a velocidade de rotação global dos depósitos não tivesse variado relativamente ao ano anterior - mantendo-se em 2,63 -, verificou-se acréscimo de velocidade nos depósitos voluntários, o qual foi compensado por abrandamento nos depósitos necessários.

Reveste-se, portanto, de interesse o exame das variações dos depósitos necessários e voluntários:

Este quadro evidencia que os depósitos voluntários à ordem, recolhidos na Caixa Económica Portuguesa, aumentaram de 536 000 contos no exercício findo. Este aspecto não ressaltava do quadro anterior em consequência de uma descida de 284 000 contos nos depósitos do sector público contabilizados na Caixa Económica Portuguesa.

No acréscimo dos depósitos voluntários à ordem, quatro quintos respeitam às contas de particulares, que englobam a pequena poupança. O número destas contas passou de 1 162 850 para 1 210 903, em 1963.