No ano lectivo de 1962-1963 o número de alunos matriculados e dos que concluíram os cursos nas quatro Universidades distribui-se como segue:

O exame das cifras mostra a fraca percentagem dos alunos que concluíram o curso em relação aos matriculados - com um máximo de 6,9 por cento em Coimbra e um mínimo de 5,6 por cento em Lisboa. As conclusões ainda seriam mais pessimistas se fosse possível analisar, por percentagem, os totais dos alunos que iniciam a sua vida universitária num determinado curso e os que chegam ao fim. É de interesse calcular o custo, por Universidade, do aluno matriculado e do aluno diplomado. Fará esse efeito conhecem-se as despesas por Universidade, que são as apresentadas no quadro seguinte:

Também já se indicaram acima o número de alunos matriculados e o dos que concluíram o curso.

É assim possível obter as cifras que seguem:

As cifras são aproximadas, nem outra coisa é precisa para ter a ideia que se pretende Á frequência e o número de alunos diplomados influem nos custos.

Nenhuma das Universidades tem dotações que permitam ensino compatível com os progressos modernos nas ciências e outros ramos do pensamento moderno. Por outro lado, a frequência do ensino superior não corresponde ao desenvolvimento demográfico nem às necessidades da vida nacional. A frequência deveria ser muito maior do que é.

E embo ra nos últimos anos se note melhoria, lenta mas segura, parecem ainda estar longe os dias de uma frequência do ensino superior que satisfaça as exigências e os anseios da vida cultural e económica.

176. A população universitária e o custo do ensino dividem-se irregularmente por Universidades.

No quadro seguinte dão-se as percentagens.

A Universidade de Coimbra comparticipa em 25,9 por cento da despesa com as Universidades, tem 25,2 por cento dos alunos matriculados e acabaram o curso 28,7 por cento do total dos diplomados em 1962-1963.

Uma das questões de grande relevo na vida nacional é a da existência de técnicos e cientistas em condições e em número suficiente para promover o desenvolvimento económico, agrícola e industrial, indispensável à sobrevivência do próprio País em nível de vida semelhante ao de países vizinhos ou afins. E neste aspecto há um grande caminho a percorrer.

No momento presente, tendo em conta os planos de desenvolvimento industrial em curso, há necessidade de engenheiros, agentes técnicos, capatazes e operários especializados